Vidroplano
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Vidro tem papel importante na revisão da ABNT NBR 15215

26/05/2022 - 17h04

O texto da norma ABNT NBR 15215 — Iluminação natural está em processo de revisão, coordenado pelo Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002). Como nosso material está sendo contemplado nas mudanças feitas no texto desse documento, conheça as novidades que devem ser incorporadas à norma.

Atualização de conhecimentos
Roberta Vieira Gonçalves de Souza, coordenadora da Comissão de Estudo de Iluminação Natural de Edificações (CE-002:135.002), relata que, desde a publicação original da ABNT NBR 15215, vários avanços foram realizados nesse segmento: novos arquivos climáticos disponíveis para diversas cidades brasileiras permitiram avaliar melhor o clima luminoso do País, assim como processos de simulação computacional garantiram que se avaliasse a iluminação de espaços internos ao longo de todo o ano. “O processo de revisão pretende incorporar novos conhecimentos e procedimentos metodológicos às normas brasileiras da área de iluminação natural”, reforça Roberta.

Normas de diferentes associações internacionais vêm sendo consultadas para a revisão, como as da International Energy Agency (IEA – Agência Internacional de Energia). No Brasil, o processo acompanha ainda a revisão da análise de iluminação natural da ABNT NBR 15575 — Desempenho de edificações habitacionais, iniciada em 2020.

Avaliando o desempenho
O uso correto das superfícies envidraçadas é fundamental no processo de iluminação natural dos ambientes, pois são responsáveis pela admissão e pelo controle da iluminação externa. Com isso, parte do novo conteúdo da ABNT NBR 15215 diz respeito ao nosso material.

A transmitância de vidros será incorporada em procedimentos de avaliação da disponibilidade de luz interna, na avaliação da qualidade das vistas e na avaliação do ofuscamento advindo das aberturas. “Ambientes de maior qualidade serão aqueles que trouxerem maior número de horas em uso sem necessidade de acendimento da iluminação elétrica, pelo menos nas áreas mais próximas à abertura, e com menor ocorrência de ofuscamento”, relata a coordenadora da comissão de estudo.

Nesse sentido, Roberta aponta que vidros com maior transmitância luminosa e com cores mais neutras são interessantes, bem como peças que permitam reduzir o excesso de luz que causa ofuscamento nas áreas próximas às aberturas. Ela acrescenta que outro fator a se levar em conta na hora da especificação é a facilidade de manutenção do produto, já que a poeira acumulada em sua superfície pode reduzir de forma significativa a entrada de luz natural em ambientes internos, podendo chegar a uma diminuição de 25% em superfícies verticais e até a 40% em superfícies inclinadas. “Neste sentido, vidros autolimpantes são opções interessantes”, comenta.

As partes 3 e 4 da norma trarão indicativos para a obtenção e recomendação de níveis mínimos, médios e superiores de desempenho. A correta especificação e seleção dos vidros poderá possibilitar a obtenção de maiores autonomias de iluminação natural com adequado controle de ofuscamento.

Crédito da imagem de abertura: Cris Martins

Este texto foi originalmente publicado na edição 593 (maio de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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