Vidroplano
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ABNT publica norma para termoendurecidos

19/11/2020 - 11h05

A ABNT publicou, em 12 de novembro, a norma NBR 16918 — Vidro termoendurecido. Como enuncia o título, o texto apresenta os requisitos para o processo de fabricação desse tipo de vidro. O novo documento, elaborado pela comissão de estudos do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37), sediado na Abravidro, esteve em consulta nacional de 28 de setembro a 27 de outubro deste ano.

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Conteúdo
A NBR 16918 apresenta as características dos termoendurecidos, entre elas a tensão máxima admissível, tolerâncias permitidas para os aspectos dimensionais, defeitos visuais, empenamento total e local e comportamento de quebra. Os ensaios do produto também estão estabelecidos, incluindo os de fragmentação, avaliação de defeitos e medição de empenamento.

O documento destaca ainda que, assim como o temperado, esse tipo de vidro também precisa passar pelo pré-processamento (corte, lapidação, furação, lavagem etc.) antes de ir ao forno.

Sobre o produto
O termoendurecido é um vidro tratado termicamente para adquirir resistência mecânica superior à do float – dependendo da espessura, pode ser até duas vezes e meia mais forte. Renato Santana, coordenador de Qualidade e Lean Manufacturing da GlassecViracon, aponta que, em geral, a produção dele e do temperado é bastante parecida. “A única diferença relevante é a curva de resfriamento — ela tem menos pressão. Com isso, é possível atender um nível menor de tensão superficial, atingindo os padrões de fragmentação estabelecidos na nova norma.”

Ao contrário do temperado, o termoendurecido não pode ser considerado um vidro de segurança, pois se fragmenta em pedaços um pouco maiores e mais cortantes quando quebrado. Por isso, normalmente é usado na composição de laminados ou insulados.

Satisfação
Luiz Barbosa, coordenador da comissão de estudos do ABNT/CB-37, reconhece que o resultado do trabalho valeu a pena. “Sinto-me realizado com a notícia da publicação após mais de três anos de dedicação dos membros da comissão”, afirma. Para Barbosa, esses conhecimentos somados resultaram em uma norma objetiva, prática e moderna. Santana participou das reuniões e concorda: “O texto final não poderia ter ficado melhor. Abordamos muitas situações técnicas que permitirão aos processadores ter todos os recursos necessários para fazer um produto de alta qualidade”.

Vale destacar que todo o trabalho foi feito com base em normas internacionais sobre o produto, buscando adequar as tolerâncias e os principais requisitos à realidade do mercado brasileiro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 575 (novembro de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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