Vidroplano
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Caleidoscópio – maio 2023

07/06/2023 - 10h44

DADOS & FATOS

Desaceleração industrial no mundo…
A edição da Carta Iedi publicada no final de abril pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) alerta que, segundo os dados recentemente divulgados pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a desaceleração da indústria de transformação no final do ano passado foi vista em quase todo o mundo. Na comparação com o período anterior, já descontados os efeitos sazonais, o resultado foi de -0,3% no quarto trimestre de 2022, anulando metade do crescimento visto no terceiro trimestre.

…e no Brasil
Segundo a publicação, nosso país pisou ainda mais forte o freio, registrando, no quarto trimestre do ano passado, um patamar de declínio industrial de 0,8% na comparação com o trimestre anterior – uma queda quase três vezes mais intensa do que a do total mundial. Na comparação com o quarto trimestre de 2021, a indústria de transformação nacional cresceu apenas 0,8%, enquanto a global subiu 1,5%.

Causas e desafios
Além da guerra na Ucrânia, contribuíram para esse cenário a alta da inflação e a piora das condições de crédito, devido à alta das taxas de juros em muitos países. A indústria global ainda enfrenta desafios diversos, como preços crescentes de energia, elevação das taxas de juros globais e perturbações persistentes na cadeia de suprimentos de matérias-primas e bens intermediários, enfraquecendo a confiança e elevando a incerteza.

No sentido contrário
A indústria mundial de tecnologia foi exceção, pois, de acordo com os dados divulgados pela Unido, ela continuou evoluindo positivamente e acima do agregado do setor. Em comparação com o quarto trimestre de 2021, essa parcela da indústria de transformação (considerando o segmento de média-alta e alta intensidade tecnológica) cresceu 3,6%, ou seja, mais do que o dobro do total global (1,5%). A recuperação do setor automotivo e a expansão consistente de equipamentos elétricos contribuíram para esse desempenho.

 

FIQUE POR DENTRO

Vidro biodegradável
Em um estudo publicado em março na revista Science Advances, uma equipe de cientistas do Instituto de Engenharia de Processos da Academia Chinesa de Ciências descreve como eles projetaram o que chamam de vidro biodegradável, feito de aminoácidos ou peptídeos. A ideia é que esse material tenha um impacto menor no meio ambiente do que o vidro convencional – que, embora possa ser reciclado sem perdas no processo, não se decompõe no meio ambiente e pode permanecer em aterros sanitários por milhares de anos. Os pesquisadores testaram a exposição de pequenas contas desse vidro biodegradável a enzimas: aquelas feitas de aminoácidos se decompuseram depois de apenas dois dias, já as de peptídeos foram decompostas em cerca de cinco meses. Yan Xuehai, professor envolvido no estudo, disse em comunicado à imprensa que “o vidro biomolecular está atualmente em estágio de laboratório e longe da comercialização em larga escala”.

Crédito: Alexander Volokha/stock.adobe.com

Crédito: Alexander Volokha/stock.adobe.com

 

RETROVISOR

Crescimento nacional
Em 1986, a Cebrace anunciou sua decisão de construir a 2ª fábrica de float no Brasil, de modo a acompanhar a expectativa da crescente demanda pelo nosso material no País. A notícia foi publicada nas páginas da edição de maio daquele ano de O Vidroplano, apontando que a iniciativa da empresa contribuía para a constituição de um parque industrial nacional moderno e competitivo – a segunda unidade foi inaugurada em 1989 em Caçapava (SP). Hoje, a Cebrace conta com cinco plantas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 605 (maio de 2023) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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