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Conheça os ensaios de ciclos dos boxes de banheiro

28/01/2021 - 11h06

Um dos ensaios para boxes previstos na norma NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança é o de ciclos. Ele é bastante importante, pois avalia até três aspectos diferentes: os esforços de abertura e fechamento do sistema, o comportamento dele em relação à repetição desse ciclo, e, em alguns casos, a resistência ao deslocamento.

Veja a seguir as etapas desse ensaio e qual o desempenho esperado para a aprovação do produto. Vale destacar que o modelo de boxe submetido à avaliação pela norma só é aprovado quando todos os corpos de prova ensaiados atenderem as especificações de cada ensaio.

 

Preparação do corpo de prova
O boxe deve ser instalado seguindo as orientações do fabricante, utilizando roldanas ou dobradiças previamente submetidas ao ensaio de corrosão por névoa salina e que não tenham apresentado qualquer característica que altere a sua finalidade de uso (por exemplo, oxidação vermelha).

Os aparelhos necessários para a realização da análise são:

– Um dinamômetro com resolução de 1 N para aplicar os esforços de abertura e fechamento no puxador da porta;

– Um sistema que promova repetidamente ações de abertura e fechamento da folha a ser ensaiada e que possua um contador de ciclos;

– Um relógio comparador (deflectômetro), com resolução de 0,1 mm.

 

Primeira etapa: esforços de abertura e fechamento
Após a montagem do boxe, o dinamômetro é utilizado para aplicar três esforços de abertura e três de fechamento no puxador da porta ou na posição equivalente.

A média dos valores das três medições é o esforço necessário para movimentar a porta do boxe, que não pode exceder 50 N.

 

Segunda etapa: repetição dos ciclos
Um sistema é instalado no puxador da porta para promover repetidamente ações de abertura e fechamento da folha a ser ensaiada. Esse aparelho precisa ter um contador de ciclos, o qual deve ser regulado para uma frequência de, aproximadamente, 600 ciclos completos por hora.

– Se o modelo de boxe de banheiro for de duas portas, o ensaio é realizado na que apresenta o maior comprimento.

– Portas com folhas de abrir (pivotantes) são ensaiadas até um ângulo de abertura de 90 graus.

A medição do esforço necessário para abertura e fechamento é realizada no início do ciclo e nos intervalos de 3 mil, 6 mil e ao final dos 15 mil ciclos determinados pela norma.

Para aprovação nessa etapa, as partes móveis (isto é, o conjunto da porta compreendido pelo vidro, dobradiça e/ou roldanas) devem atender as seguintes condições:

a) os esforços aceitáveis para abertura e fechamento do boxe devem ser de, no máximo, 50 N;

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b) o vidro não pode se soltar ou quebrar durante o ensaio de ciclo.

 

Terceira etapa: resistência ao deslocamento
Para modelos de boxe de canto é aplicado outro teste após o ensaio de ciclo, para avaliar sua resistência ao deslocamento. Ele é realizado medindo a altura central do boxe com as portas fechadas e depois com elas abertas (no eixo do encontro dos dois perfis perpendiculares), utilizando um deflectômetro.

No total, são efetuadas seis leituras com um intervalo de três minutos entre elas. Ao final, encontra-se o deslocamento calculando a diferença entre as leituras iniciais (com as portas abertas) e finais (fechadas).

por-dentro-das-normas3

 

Para que seja aprovado, o deslocamento vertical do boxe de canto (movimentação do perfil superior) não pode exceder 8,8 mm. Além disso, o vidro não pode encostar no chão, mesmo que o deslocamento seja inferior a essa medida.

Este texto foi originalmente publicado na edição 577 (janeiro de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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