Vidroplano
Vidroplano

O amanhã é promissor

22/11/2018 - 10h00

A mostra Glass Technology Live é um dos espaços mais tradicionais e visitados da Glasstec. Este ano, mais uma vez, reuniu estudos e protótipos com foco em tecnologias que podem se tornar padrão da indústria num futuro próximo — algumas até mesmo já estão em uso. As soluções apresentadas sempre buscam o limite da aplicação de nosso material, sem medo de apostar em algo que pareça impossível. Nas próximas páginas, conheça com detalhes as mais interessantes aplicações expostas durante a feira, cuja organização fica a cargo de quatro universidades técnicas: de Darmstadt, de Dortmund e de Dresden, da Alemanha, e Delft, da Holanda.

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Árvore de papel
A instalação Branching Out, desenvolvida pela Universidade Técnica de Darmstadt, demonstrava como é possível criar estruturas leves para decoração com materiais inusitados, como perfis tubulares de papel especial. As “folhas” da árvore eram de vidro ultrafino (curvado, quimicamente endurecido e laminado com PVB na cor verde) de apenas 1 mm de espessura

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Rede de vidro
Outro protótipo da Universidade de Darmstadt: uma rede feita de vidros ultrafinos e cordas, que pode ser utilizada como se fosse uma lona no transporte de cargas, por exemplo. A escolha se explica, pois nosso material possui enorme resistência e flexibilidade, além de proteger contra água e chuva

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Alta resolução em larga escala
A Dip-Tech e a Ferro Corporation montaram um modelo em escala de prédio comercial conceitual, formado por fachada com tecnologia de impressão digital e serigrafia. A maquete representava duas torres de treze andares cada. As tintas especiais usadas, que filtram a luz, aliadas ao padrão de impressão, garantem sombreamento no interior dos edifícios — e o desenho escolhido também previne a colisão de pássaros

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Sobe e desce
Uma gangorra com 10 m de comprimento, formada por onze placas laminadas de low-iron (vidro com baixo teor de ferro), fez muito visitante reviver memórias da infância ao visitar a Glass Technology Live. Construída pelo escritório de arquitetura Eckersley O’Callaghan (o mesmo das lojas da Apple espalhadas pelo mundo) em parceria com a processadora alemã sedak, pesava mais de 1 t e era exemplo de como é possível fazer qualquer objeto com vidro estrutural

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Design elevado à última potência
A sala de concertos Elbphilharmonie, em Hamburgo, Alemanha, tornou-se um marco da arquitetura graças à fachada envidraçada dupla, instalada pela empresa Josef Gartner GmbH. Cada unidade desse sistema mede cerca de 5 m de largura e 3 de altura. Algumas delas ganharam vidros curvos em formato esférico, encaixados em “garfos” feitos de fibra de vidro e plástico (como pode ser visto na foto ao lado), com o objetivo de permitir ventilação natural no interior. Cada vez mais, fachadas vão ganhar elementos tridimensionais e geométricos como esses

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Forte como vidro
Imagine um carro pesando cerca de 1,3 toneladas de cabeça para baixo, suspenso apenas por duas placas de nosso material? A instalação Gravity provou de uma vez por todas a resistência do vidro. Duas peças laminadas, cada uma composta por termoendurecidos 2+2 mm com SentryGlas (PVB estrutural da Kuraray), seguravam o automóvel sem qualquer fixação mecânica — ou seja, sem furos —, somente com o selante estrutural TSSA, da Dow. Algo tão impressionante virou a capa de O Vidroplano deste mês! As placas foram fornecidas pela Glaston e processadas pela sedak

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Sem limites para laminar
Um laminado gigante foi mostrado para o público: contava com dezoito camadas de extra clear, ligadas umas às outras por PVB estrutural, e espessura total de, aproximadamente, 30 cm. A fabricação da peça não teve apenas a função de maravilhar o público: revelou a possibilidade de se construir elementos estruturais com enorme resistência à pressão de cargas e também máxima transparência

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Ângulos perfeitos
A Glassbel Baltic, empresa especialista em processamento e instalação de vidros da Lituânia, desenvolveu uma solução chamada “laminação 3D”, que permite a criação de instalações com laminados e insulados em 90º sem interferências visuais, sendo ideal para fachadas, divisórias e colunas, por exemplo

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Um novo tipo de controle solar
A Universidade de Bayreuth, da Alemanha, expôs uma solução inovadora para moderar a temperatura sem necessidade de ar condicionado. O Water Flow Glazing é um sistema semelhante a um insulado, mas possui um fluido em constante circulação entre as placas de vidro com o objetivo de absorver a radiação solar. O produto também tem a capacidade de armazenar e reutilizar a energia absorvida — com isso, o painel interno de vidro se transformaria numa espécie de aquecedor de ambientes. O Water Flow Glazing ainda não é fabricado industrialmente, mas já existe um consórcio de empresas disposto a torná-lo realidade

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Genialidade verde e amarela
Um dos últimos projetos do falecido arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer ainda está em construção na cidade alemã de Leipzig — e um modelo em tamanho real marcou presença na mostra. A obra é uma esfera de 12 m de diâmetro. De vidro e aço, ela ficará suspensa próxima ao telhado de uma fábrica de guindastes ferroviários como atributo estético do edifício e será revestida por vidros privativos, que são transparentes e passam a ser translúcidos ou vice-versa por controle remoto. No momento, a esfera está em construção e a expectativa é que fique pronta em 2019

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Gigante e curvo
A Saint-Gobain Glassolutions expôs peças curvas de 8 m de comprimento. Elas podem ser temperadas, laminadas ou insuladas. Na mostra, foi montado um túnel com o material, demonstrando sua versatilidade e as diversas opções de aplicação

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Transparência colorida
Na edição 2016 da Glass Technology Live, foi mostrado um tijolo inteiramente de vidro. Este ano, uma evolução daquele produto esteve presente, exposto pela Universidade Técnica de Delft, da Holanda. O Re³ Glass é de vidro reciclado, pode ser montado facilmente (basta encaixá-los) e conta com interior de cores variadas

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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