Vidroplano
Vidroplano

Fachada de loja faz referência à cultura da Coreia do Sul

23/04/2020 - 10h07

A história da Louis Vuitton na Coreia do Sul é antiga. A primeira loja local da fabricante francesa de bolsas, acessórios e vestuário foi inaugurada em 1991 na capital Seul. Em 2000, o país ganhou uma Global Store, a rede especial presente apenas nas principais cidades do mundo. E esse espaço acabou de ser reformado, com design de um dos mais renomados arquitetos do planeta, ganhando até mesmo um nome novo: Maison Louis Vuitton Seoul.

Ficha técnica
Autor do projeto: Frank Gehry
Local: Seul, Coreia do Sul
Conclusão: outubro de 2019

loja-coreia-do-sul-rua

 

Inspirações históricas
O prédio foi totalmente redesenhado pelo canadense Frank Gehry, autor de obras icônicas como o Museu Guggenheim Bilbao (na Espanha), Walt Disney Concert Hall (Estados Unidos), Dancing House (República Tcheca) e a sede da própria Louis Vuitton Foundation (França). Para esse novo trabalho com a marca, Gehry misturou referências à cultura coreana, como a arquitetura histórica da Fortaleza de Hwasong, construída no século 18, e os movimentos da milenar “dança da garça” (Dangae Hakchum), que pode ser vista nas formas livres da fachada. “O que me impressionou quando visitei a cidade pela primeira vez, 25 anos atrás, foi a relação entre sua arquitetura e as belezas naturais”, comenta o arquiteto. Alcançar essa ligação era seu principal objetivo com o projeto.

Poesia envidraçada
O vidro curvo, marca registrada de várias obras assinadas por Gehry pelo mundo, também é destaque aqui. Todos os painéis aplicados à fachada foram especialmente moldados, seguindo um rigoroso controle industrial, para se encaixar de forma perfeita – eles estão anexados a estruturas metálicas feitas sob medida.

Por estar na fachada inteira, nosso material tem diversas funções, incluindo o fechamento de vestíbulos (na parte mais alta do prédio) e de terraços. Mais abaixo, são usadas persianas. Isso tudo somado dá a sensação, olhando de fora, que o edifício está alçando voo – ou até mesmo que seu topo está evaporando.

loja-loius-vuitton

 

Interiores remodelados
O interior da obra ficou a cargo do designer Peter Marino. Concebidos para dialogar com o exterior, os interiores são marcados por vastos espaços vazios ao mesmo tempo que concentra produtos em nichos intimistas. “Projetamos essas áreas para enfatizar fortemente a qualidade escultural energética do exterior criado por Gehry”, explica Marino. “As pedras usadas dentro da loja parecem fluir vindas de fora. O dinamismo desses volumes retangulares contrasta claramente com a estética envidraçada barroca do prédio.” Mais uma vez, o vidro contribui para uma obra-prima da arquitetura moderna.

interior-loja-coreia-do-sul

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 568 (abril de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



Newsletter

Cadastre-se aqui para receber nossas newsletters