Moral e ética como pauta do dia

18/12/2015 - 15h34

Consagrado por seus vídeos na Internet, professor Clóvis de Barros Filho expõe conceitos filosóficos de forma surpreendente

 

“Moral é sempre conjugada na primeira pessoa do singular; é você conversando com você mesmo.”
Clóvis de Barros Filho

 

Tema
Fidelidade: condição da confiança

 

Quase uma hora e meia de uma palestra sem eslaides ou vídeos. Somente uma pessoa no palco, falando sem o apoio de qualquer tecnologia. E, mesmo assim, ao final, o público, em pé, ovaciona o palestrante. Assim, como uma aula magna, foi a palestra do advogado, jornalista e livre-docente da Universidade de São Paulo (USP), Clóvis de Barros Filho, no 12º Simpovidro.
De forma direta e simples, ele ganhou a atenção de todos ao analisar alguns dos mais relevantes conceitos filosóficos existentes: ética e moral. O professor não se restringiu somente à moralidade no campo dos negócios. Seus ensinamentos podem ser aplicados em qualquer aspecto da vida de uma pessoa. Confira a seguir os principais pontos de sua apresentação.

 

Conceito de ética
Ética é a inteligência compartilhada em prol do bem-estar de todos. É agir e tomar decisões corretas não para si mesmo, mas para o outro.

Educação
A educação é a base para uma sociedade ética. No entanto, quanto menos se pode pensar sobre sua própria condição no mundo (ou seja, quanto menos conhecimento se possui), mais necessárias são as regras de conduta, indicando o que pode ou não ser feito.

Como seria a sociedade ideal?
O contrário da atual: leis e prisões seriam obsoletas. As próprias pessoas se fiscalizariam e saberiam como agir sem agredir o próximo. Em outras palavras, a moral bastaria para uma convivência social saudável.

Os limites éticos
Existem questões que ultrapassam a simples escolha entre “certo” e “errado”. Algumas atitudes não devem ser tomadas nem mesmo se fôssemos invisíveis, tamanhos a vergonha e o mal-estar que seriam causados a nós mesmos.

O ‘canalha’
É comum encontrar esse tipo de pessoa. Suas características são:

• Colocam as vontades pessoais acima da boa convivência (exemplo: estacionam em fila dupla para ganhar tempo, sem se importar com o trânsito gerado);
• Cometem qualquer tipo de corrupção e desvio moral em troca de vantagens e lucros.

Importante frisar: a vantagem que o “canalha” obtém sempre será menor do que os prejuízos gerados para a sociedade.

Inteligência coletiva
Nos negócios, também existem “canalhas”: pessoas que sonegam, mentem, agem por “debaixo dos panos” em prol de sua própria empresa, esquecendo-se da existência do mercado por trás de seus interesses próprios. Mercado esse no qual a pessoa está inserida.
É por isso que a inteligência de todos supera a de dois ou três. O associativismo, portanto, seria uma forma de educar o setor contra atitudes escusas.

Fale com eles!
Clóvis de Barros Filho — www.espacoetica.com.br