Vidroplano
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Norma de vidros resistentes ao fogo é revisada

17/04/2019 - 17h10

Nova versão da NBR 14.925, publicada no final de março pela ABNT, pretende aumentar uso desse material no Brasil

A revisão da NBR 14.925 — Elementos construtivos envidraçados resistentes ao fogo para compartimentação já está disponível. Publicado pela ABNT no final de março, o novo texto utilizou como base o documento europeu de classificação de resistência ao fogo (EN 13501-2) e traz diversas novidades, incluindo a inserção de um vidro intermediário, tendo a possibilidade, com isso, de garantir o aumento do uso desse tipo de material em nosso país.

Escopo maior
O conceito “redução de radiação” pode ser considerado como o ponto mais importante da nova versão, explica Paulo Penna de Moraes, gerente técnico comercial da Vetrotech Saint-Gobain para a América Latina e secretário da comissão de estudo que revisou a norma. “Antes, existiam somente as classificações para-chamas (conhecida pela sigla E) e corta-fogo (EI), elementos que se posicionam nos extremos em uma escala de transmissão de calor.”

Os vidros E resistem ao fogo, mas não funcionam como barreira ao calor. Os EI garantem integridade e também isolamento térmico — no entanto, são pesados e caros, inviabilizando sua utilização em muitos projetos.

Solução ampla
Para resolver a questão, o documento se iguala à situação europeia e passa a considerar um vidro intermediário, o EW, conhecido como “redutor de radiação”. Com ele, itens compostos de materiais combustíveis a mais de 1 m de distância do envidraçamento não entrarão em ignição espontânea.

“Essa característica garante o melhor custo-benefício entre as classificações e permitirá uma grande versatilidade no uso em compartimentações. Basta aplicar pequenas e simples adaptações no projeto arquitetônico”, destaca Moraes.

 

OUTRAS MUDANÇAS
Vale citar mais novidades da norma revisada:

– Utilização das mesmas siglas utilizadas no texto europeu para definir os critérios de classificação, facilitando assim o intercâmbio de informações de produtos importados e evitando erros gerados por questões de linguagem;

– Inclusão da exigência de ensaio em sistema único e indissociável. Ou seja, o relatório de ensaio homologa o conjunto como um todo (vidros + esquadrias + vedações + fitas intumescentes etc.) e não suas partes independentes;

– Inclusão das dimensões dos corpos de prova e o campo de aplicação real de um ensaio;

– Inclusão da curva “tempo x temperatura de fogo externo”, utilizada para ensaios de elementos, que serão atacados por incêndios localizados, no lado externo da edificação.

Este texto foi originalmente publicado na edição 556 (abril de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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