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Norma para guarda-corpos passa por nova revisão

01/06/2021 - 12h01

A norma NBR 14718 — Guarda-corpos para edificação – Requisitos, procedimentos e métodos de ensaio está passando por nova revisão, conduzida pelo Comitê Brasileiro de Esquadrias, Componentes e Ferragens em Geral (ABNT/CB-248). Desde 2020, o comitê vem aprimorando diferentes pontos do texto a fim de garantir que fique ainda melhor e mais completo. A seguir, veja quais são os principais focos do trabalho.

Mais definição e clareza nas avaliações
A descrição dos ensaios contemplados pela NBR 14718 é um dos principais pontos. “A revisão dessa norma publicada em 2019 já contava com a experiência dos laboratórios em relação à realização dos testes, mas a cada dia eles recebem novas demandas de ensaio em suas dependências e em guarda-corpos instalados em obra, frequentemente com modelos diferentes dos previstos nos métodos de ensaios descritos na norma”, explica a engenheira Fabíola Rago Beltrame, coordenadora das comissões de estudo de esquadrias e guarda-corpos do ABNT/CB-248 e diretora do Instituto Beltrame da Qualidade, Pesquisa e Certificação (Ibelq). “Os laboratórios precisam se debruçar sobre o texto para avaliar de quais adaptações esses novos modelos precisam para serem ensaiados. Todos esses detalhes são explicados por eles à comissão de estudos, a qual se dedica a encontrar em conjunto as melhores soluções para as metodologias e deixar cada vez mais claros esses detalhes no texto”, observa.

A engenheira Michele Gleice da Silva, diretora técnica do Instituto Tecnológico da Construção Civil (Itec), foi a relatora de um grupo de trabalho na extinta Comissão de Estudo Especial de Esquadrias (ABNT/CEE-191), no qual organizou algumas reuniões com os laboratórios interessados para levantar todos os pontos em relação aos métodos de ensaios que precisavam ser mais bem definidos e descritos na revisão da norma. “O Grupo Técnico de Laboratórios apontou alguns itens que necessitam de revisão, como a definição de quando precisa ser adotada a ABNT NBR 6123 – Forças devido ao vento nas edificações. A versão de 2019 da NBR 14718 apresenta o requisito quanto à necessidade de se calcular a carga oriunda da ação do vento, porém não informa como esta deve ser aplicada na realização dos ensaios de esforços horizontais. Também identificamos a necessidade de discutir a modelagem dos protótipos, considerando a variedade de possibilidades de projeto, tais como guarda-corpos em formato de ‘L’, com comprimento total inferior a 3 m ou que possuam quatro montantes estruturais, entre outros casos”, explica Michele.

Informações claras e completas
Com base na organização dessas demandas, a nova versão da NBR 14718 descreverá, com mais detalhes, pontos como as posições dos dispositivos que avaliam as deformações, os locais de aplicação das cargas e o ângulo do objeto que irá impactar o vidro, entre outros.

Além do foco nos ensaios, o comitê também está discutindo, com grande abrangência, as cargas de uso e as pressões de vento que podem incidir sobre os guarda-corpos, bem como os vãos permitidos e todas as questões dimensionais que devem ser levadas em consideração nos projetos de guarda-corpos. “O princípio dessa revisão é deixar o produto guarda-corpos que atende a norma cada vez mais seguro para o usuário. Portanto, todos os pontos nela que abrangem questões de segurança estão sendo aprimorados”, esclarece Fabíola.

De acordo com a coordenadora das comissões de estudo de esquadrias e guarda-corpos do ABNT/CB-248, os trabalhos na revisão dessa norma estão avançados: no ano passado e no começo deste ano, o comitê recebeu mais de 40 contribuições sobre pontos a serem discutidos na norma de guarda-corpos, das quais mais da metade já foi avaliada. Espera-se que o texto seja finalizado no segundo semestre.

Este texto foi originalmente publicado na edição 581 (maio de 2021) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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