Vidroplano
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Nós não estávamos preparados para a crise

18/07/2016 - 17h22

Façamos uma reflexão: antes de 2015, como você definia sua estratégia comercial? E com que frequência era preciso mudá-la? Quanto você se dedicava à análise da produtividade de cada processo na empresa, perdas com retrabalho ou detalhamento de gastos por centro de custo? Como era tomada a decisão de novos investimentos?

Admita: sua vida era muito diferente até dezoito meses atrás! O fato é que, num mercado que crescia continuamente por quase uma década, a maior preocupação do empresário vidreiro padrão era manter tudo funcionando, atendendo minimamente as expectativas dos clientes e, principalmente, garantir maior capacidade de produção para o esperado aumento de volume no futuro.

Mas, de repente, o ritmo dos negócios mudou e… nós não estávamos preparados! Os últimos meses exigiram de nossas empresas uma qualidade de gestão antes impensada, assimilada a duras penas no calor dos acontecimentos. Por isso, tenho repetido sempre por aqui: os que resistirem a essa tempestade sairão dela muito mais competitivos do que entraram.

E nesse contexto acontece a Glass South America 2016. Desconfiança e insegurança eram a tônica antes do evento, de ambos os lados — expositores e visitantes. E o que se viu naqueles quatro dias foi além da expectativa até mesmo para o mais entusiasmado vendedor de estandes, como você pode conferir nas páginas desta edição de O Vidroplano. Sabiamente, os agentes de mercado exploraram ao máximo a chance proporcionada pela feira para alavancar negócios e estabelecer novas parcerias. Efetivamente, a Glass mostrou ser um espelho de nosso setor e nos lembrou que o Brasil ainda é forte, tem grandes potenciais e não se restringe a este momento de crise.

Mas… a feira também nos lembrou que nada será como antes, é preciso gerar valor aos nossos produtos e serviços e também aos relacionamentos com fornecedores, clientes e parceiros. Agora, precisamos aprender que reações instintivas e amadoras como resposta aos desafios de mercado não significarão resultados positivos para a sua empresa. Pense nisso!

Este texto foi originalmente publicado na edição 523 (julho de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui



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