Vidroplano
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Nosso pedido: não façam tudo errado mais uma vez!

21/06/2016 - 10h35

Previsibilidade sempre foi pilar importante para uma empresa de sucesso, permitindo ao gestor fazer a leitura correta do mercado, definir suas estratégias e tomar as melhores decisões. No setor vidreiro, essa condição é ainda mais imprescindível. O processo de venda, normalmente, tem ciclo longo e complexo, envolve muitas variações nas especificações do produto e, às vezes, leva anos para ser concluído. Por isso, prever corretamente o rumo do negócio pode ser a diferença entre manter-se vivo ou morrer em meio à crise.

Nesse contexto, o mês de abril terminou com um desafio adicional a todos os profissionais do segmento, quando as usinas de base comunicaram uma nova alteração em suas tabelas de preço para as semanas seguintes. Como é de praxe, o mercado se agitou, iniciando-se uma sequência de negociações entre os elos da cadeia produtiva, avaliação do mix de produtos disponível e, principalmente, várias antecipações de negócios. Tudo dentro do esperado, em maior ou menor grau de acordo com o atual momento econômico do País.

Agora, nessa fase de transição em que todos estamos conhecendo os novos patamares de trabalho, tudo que não pode acontecer é a reprise do filme já visto em 2015: comunicados das usinas de base totalmente descolados de suas práticas, gerando enorme falta de credibilidade na relação fornecedor x cliente e, consequentemente, muitos prejuízos à rede varejista e à indústria de transformação de vidros.

A Abravidro é ciente e sempre irá defender que sejam cumpridas todas as premissas das leis de livre concorrência. Justamente por isso, não pode aceitar falta de transparência ou dissociação entre o discurso e a prática, uma vez que isso distorce e prejudica a concorrência. Torço para que não estejam certos os que afirmam serem essas falhas de comunicação meras manobras para desova de estoques excedentes de uma indústria de produção contínua.

Senhores executivos das indústrias de base: a nós, não importa quais sejam suas bases comerciais, afinal, o mercado é livre para que cada empresa atue como melhor lhe convier. Pedimos apenas que adotem uma comunicação clara e coerente com suas reais intenções de trabalho. Do contrário, o preço a ser pago pela rede varejista e pelos transformadores pode ser alto demais!

Este texto foi originalmente publicado na edição 522 (junho de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui



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