GPD 2019: último dia tem panorama global do setor
28/06/2019 - 16h58
O “guru do vidro” palestrou nesta sexta-feira, último dia do Glass Performance Days (GPD) 2019. A editora de O Vidroplano, Iara Bentes, ainda está na cidade de Tampere, na Finlândia, para trazer os detalhes finais do principal congresso vidreiro do mundo.
O consultor Bernard Savaëte, da BJS Différences, é um dos maiores estudiosos do mercado global de nosso material. A cada edição do GPD, ele apresenta dados relevantes para a cadeia mundial. Este ano, mostrou um panorama da indústria de float no século 21 em 21 gráficos e tabelas. Veja alguns tópicos interessantes para estudar a produção do vidro:
-São 459 plantas produtivas no mundo. A AGC é a usina com maior número de fornos em operação (36). A Saint-Gobain até possui um a mais, 37, porém fica em segundo, pois dez desses equipamentos não são geridos exclusivamente por ela, mas sim em parceria com outras empresas. Entre as dez mais, cinco são chinesas;
-Os maiores produtores de float atuam no Brasil. Savaëte acredita, contudo, que o ranking poderá sofrer mudanças nos próximos anos, principalmente com o crescimento cada vez mais acentuado da participação chinesa no mercado;
-A América do Sul tem o terceiro menor número de fornos por 10 milhões habitantes;
-No comparativo entre os preços do float e outras commodities, nosso produto custa bem menos que alumínio e cobre, por exemplo;
-No planeta, estima-se existir de 300 a 350 linhas de coating, para a produção de vidros de controle solar e outros materiais revestido. Já o setor de têmpera é muito mais concorrido: são de 8 a 11 mil fornos;
-Nos últimos dez anos, a AGC é a indústria com maior número de patentes. Quando se analisa por país com mais investimento em novos produtos, a liderança é da China;
Savaëte também traçou previsões e conclusões a respeito dos estudos mostrados:
-As indústrias estão mudando, assim como a hierarquia entre elas;
-Os produtos fabricados são cada vez mais complexos, incluindo chapas extra finas e formas complexas, entre outras;
-A inovação vem de fora da indústria, a partir das demandas dos clientes;
-A emissão de dióxido de carbônico (CO2) e a busca por novas matrizes energéticas devem aumentar a reciclagem de vidro.
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