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Sustentabilidade envidraçada

Parque da Cidade revitaliza área degradada em São Paulo com edifícios de estética unificada e controle solar
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Sustentabilidade envidraçada

Desenvolvido em terreno localizado na Avenida das Nações Unidas, popularmente chamada de Marginal do Pinheiros, em São Paulo, o projeto Parque da Cidade busca a revitalização de uma área degradada com a construção de um grande complexo de uso misto.

O espaço, projetado em 2010 e ainda em construção, já conta com cinco edificações concluídas: duas torres corporativas; um prédio com pequenas salas comerciais; um shopping center (também chamado Parque da Cidade); e um hotel cinco estrelas da rede Four Seasons. Além deles, receberá mais três prédios corporativos (cujas obras terão início este ano), três restaurantes e dois edifícios residenciais.

O conjunto chama atenção pela preocupação com a sustentabilidade e pela unidade estética das obras. Nesse sentido, nosso material desempenha um papel chave, com amplo uso de vidros processados pela GlassecViracon e aplicados pela Itefal, empresa especializada na instalação de esquadrias, fachadas e revestimentos com alumínio: até o momento, a área envidraçada já colocada nas obras é de cerca de 50 mil m², e estima-se que quando todo o complexo estiver finalizado — os arquitetos acreditam que será em dois anos —, esse número aumentará para aproximadamente 96 mil m².

 

Ficha técnica
Autor do projeto: Aflalo/Gasperini Arquitetos
Local: São Paulo
Início: 2010 (em andamento)
Construção: Odebrecht (primeira etapa) e Matec Engenharia (segunda etapa)
Edifícios entregues: Torres Tarumã (salas comerciais), Jequitibá e Sucupira (corporativas), shopping Parque da Cidade e hotel Four Seasons São Paulo
Edifícios em planejamento: Torres Aroeira, Jatobá e Paineira (corporativas), dois edifícios residenciais e três restaurantes

 

Visibilidade e conforto

© 2016 Ana Mello
O projeto do Parque da Cidade é assinado pelo escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos. Luiz Felipe Aflalo Herman, sócio-diretor da empresa, explica que a aplicação de peles de vidro nas torres corporativas do complexo se deu em função da finalidade desses espaços. “Trata-se de edifícios que têm um núcleo central e salas comerciais em torno dele. Dessa forma, eles oferecem vista em 360 graus de seus arredores. Portanto, quanto mais transparentes forem as fachadas, melhores tanto a visibilidade como a iluminação natural, e o vidro é o material ideal para desempenhar esse papel.”

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Além da transparência, a sustentabilidade foi um quesito bastante enfatizado no Parque da Cidade. A especificação dos painéis levou em conta os fatores solar e de sombreamento, a transmissão luminosa e a reflexão externa e interna. Assim, o projeto é candidato a receber os certificados mais importantes da categoria, inclusive ao LEED ND (Neighborhood Development — Desenvolvimento de Vizinhança), ainda inédito no Brasil. Ele é concedido aos empreendimentos que impactam positivamente seus arredores. “O Parque da Cidade traz benefícios econômicos, sociais e ambientais às cercanias: por ser um complexo multiuso, facilita a proximidade dos moradores da região em relação a seus serviços e vias de acesso para outras partes da cidade, contribuindo para a mobilidade urbana, além de revitalizar o espaço em que se encontra e preservar a área verde em seu interior”, comenta Claudia Mitne, diretora de Marketing e Produtos da GlassecViracon.

 

Uniformidade

© 2016 Ana Mello
Entre 2014 e 2017, a GlassecViracon forneceu as peças aplicadas nas torres Jequitibá, Sucupira e Tarumã e no shopping Parque da Cidade, todos já finalizados. Com exceção deste último, as edificações receberam o mesmo tipo de vidro, laminado de controle solar com cor cinza-azulada, de modo a conferir um aspecto visual unificado ao complexo. A parte do shopping que se encontra em interação visual com as torres também recebeu esses painéis. “O desafio de um projeto nesse volume é sempre manter a qualidade do produto ao longo do fornecimento, garantindo a homogeneidade estética dos vidros de controle solar, além do cumprimento do cronograma, suas prioridades de logística, em conjunto com as necessidades da obra e com todas as disciplinas envolvidas no mesmo período”, avalia Claudia.

Este ano, a processadora vem trabalhando na segunda fase do projeto, em que mais 47 mil m² do mesmo tipo de vidro serão instalados nas torres corporativas Aroeira, Jatobá e Paineira e três restaurantes. A construção dos edifícios residenciais será realizada em uma etapa posterior. Segundo a empresa vidreira, o início das obras está previsto para meados de maio.

 

Especificação técnica
Vidros (fachadas das torres): laminados de controle solar cinza-azulado, com espessuras de 10, 12 e 14 mm
Vidros (embasamento das torres): extra clear
Processadora: GlassecViracon
Instalação: Itefal

Este texto foi originalmente publicado na edição 554 (fevereiro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.