Vidros blindados em revisão
20/07/2018 - 13h02
Atualmente, existe apenas uma norma para blindagem: a NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos – Classificação e critérios de avaliação, que também define os requisitos para os vidros blindados. No entanto, essa situação mudará em breve, pois o documento está passando por um processo de revisão, além de ser desmembrado em diferentes seções. A comissão de estudos responsável pelo projeto trabalha para elaborar uma família de normas, tratando assim dos diversos produtos que oferecem proteção. Inclusive, a parte 2 desse documento — Classificação, requisitos e métodos de ensaio para materiais — já está finalizada para ser enviada para consulta nacional.
Mudanças
A revisão da NBR 15000 pretende torná-la mais adequada ao momento atual do mercado, conforme explica o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sistemas de Blindagem (ABNT/CEE-161), general Paulo Benedito Pacheco: “Apesar de ter sido elaborada com muita atenção e seriedade em 2005, a norma vinha apresentando algumas deficiências que, mesmo não prejudicando o desempenho final dos produtos, criavam uma série de dificuldades e contratempos aos fabricantes e órgãos fiscalizadores”.
Um dos focos das mudanças estava nos ensaios. Dessa forma, estabeleceram-se procedimentos executáveis sem fazer com que esses produtos perdessem características de proteção ao consumidor final. Foram introduzidos também tópicos para auxiliar na elaboração desses ensaios. Com isso, a repetição dos testes em qualquer laboratório será mais simples.
Sequência do trabalho
A parte 1 da norma — Terminologia — está sendo produzida com o objetivo de tratar de todos os termos técnicos que serão citados nessa família de normas. Entre os temas a serem abordados, estão os coletes à prova de balas, escudos e capacetes balísticos, blindagem de imóveis e proteções transportáveis, sistemas de proteção blindados, produtos acabados e partes de produtos blindados. Assim que ficar pronta, será enviada para consulta nacional juntamente com a parte 2.
Os demais documentos, que visam especificamente a cada produto, oferecerão aos órgãos de fiscalização e controle condições mais favoráveis para o cumprimento de suas missões. “Com essas condições, é plausível esperar que os produtos garantirão mais segurança aos usuários, o que é, sem dúvidas, algo que todos os participantes desse mercado desejam”, comenta o general Pacheco.
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