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Chegou a hora do vidro de valor agregado?

Panorama Abravidro indica desempenho positivo dos laminados e insulados em 2024
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Chegou a hora do vidro de valor agregado?

Vidro de valor agregado é uma pauta antiga nas páginas de O Vidroplano. Há anos a revista apresenta reportagens sobre eventos do setor, iniciativas de empresas e tecnologias vidreiras com o foco de diversificar o uso de nosso material, aumentando o consumo de vidro para além do float comum. O tema está quente no mercado: laminados e insulados se destacaram pelos bons resultados no Panorama Abravidro, cuja edição 2025 foi publicada no mês passado pela entidade.

Mas, afinal, qual o contexto para o aumento da participação desses dois produtos entre os vidros processados? Conversamos com diversos elos da cadeia para entender esse movimento e também saber o que pode ser feito para aumentar ainda mais a demanda.

As boas notícias
2024 foi um ano de estabilidade para o setor em relação a 2023 (que tinha sido um ano fraco), como mostrou o Panorama. As boas notícias ficaram para o desempenho desses dois vidros – os únicos produtos com faturamento positivo em relação ao ano anterior, embora o percentual não tenha acompanhado o crescimento em volume:

  • O laminado teve a mais alta participação no mercado de processados da série histórica (15%);
  • Sua quantidade vendida aumentou quase 10%: é o 2º maior volume desse produto na série histórica, atrás apenas de 2014;
  • Pela primeira vez, o insulado chegou à marca de 1% de participação no mercado de processados;
  • Sua fabricação subiu quase 50%. Dessa forma, 2024 se tornou o ano em que mais se produziram insulados (556.382 m²) desde o início da série histórica (2009).

 

Edifício Passeio Paulista, em São Paulo: exemplo do uso de vidros de valor agregado em soluções modernas e sustentáveis. A fachada do prédio conta com laminados e insulados, compostos de peças de SunGuard AG43, da Guardian, processados pela GlassecViracon (foto: Daniel Ducci)
Edifício Passeio Paulista, em São Paulo: exemplo do uso de vidros de valor agregado em soluções modernas e sustentáveis. A fachada do prédio conta com laminados e insulados, compostos de peças de SunGuard AG43, da Guardian, processados pela GlassecViracon (foto: Daniel Ducci)

 

O momento é bom mesmo?
A maioria das empresas consultadas para a reportagem concorda que existem motivos para comemorar o crescimento. “Podemos afirmar que houve, sim, um aumento significativo nas especificações – e foi algo bem-consolidado, não pontual”, comenta o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, Jonas Sales. “Isso tem muito a ver com a experiência do usuário: quando alguém vive ou trabalha em um ambiente com conforto acústico, conforto térmico, segurança, isso se torna referência.”

Defensor da utilização do insulado, o diretor da Atenua Som, Edison Claro de Moraes, também acredita que a maior presença da solução é algo concreto. “Eu observo várias obras com esse material. É pouco, mas já é sentido. Quando as construtoras perceberem que isso funciona como um diferencial positivo, o cenário tenderá a acelerar.”

Para a Viminas, é possível ver mais especificações e projetos em que laminados e insulados são usados de forma assertiva. “Trabalhando nos segmentos da construção civil, movelaria e linha branca, observamos um avanço muito grande de ambos os vidros voltados, principalmente, para a construção civil”, revela o consultor técnico Luiz Cláudio Rezende (mais conhecido como Juca). A gerente de Projetos e Automação da NEX, Priscila Kimmel, concorda. “O mercado está mais exigente e alinhado com as melhores práticas globais.”

O gerente de Marketing e Produto para América do Sul da AGC, Thiago Malvezzi, aponta três motivos principais para esse movimento:

  • Maior conscientização dos profissionais vidreiros, gerada a partir de um número crescente de eventos e encontros para divulgar e incentivar o correto uso de cada vidro;
  • Atuação cada vez mais presente das associações junto ao mercado e ao governo para a fiscalização das normas;
  • Percepção do próprio segmento de que existem oportunidades de levar mais qualidade ao cliente final e agregar valor ao processamento.

É possível indicar algumas tendências sobre cada vidro para entender o que levou ao aumento no consumo visto no ano passado:

Laminado

  • Crescimento fortemente relacionado ao volume de obras residenciais verticais e à aplicação em guarda-corpos, estruturas que se consolidaram como importantes frentes de demanda;
  • Maior entendimento de que o laminado é o vidro correto para certas aplicações. “Se todos os projetos respeitassem sem as normas técnicas vigentes, o volume poderia ser ainda maior, o que reforça a importância da conscientização e da especificação correta”, opina Jonas Sales, da Cebrace.

Insulado

  • Maior uso se dá especialmente na Região Sul, com o objetivo de estabilizar a temperatura dos ambientes, revela Sales;
  • Início de uma expansão para outras áreas do País nas quais ainda é pouco utilizado;
  • Maior entendimento das capacidades técnicas da solução. “O insulado tem se consolidado em projetos de maior exigência técnica e sustentabilidade, sobretudo em regiões com variações térmicas mais intensas”, afirma o gerente de Desenvolvimento de Mercado da Vivix, Luiz Barbosa.

 

Soluções robustas, como janelas com conforto acústico e térmico, precisam estar presentes também em edificações residenciais e de médio porte para o consumo dos vidros de valor agregado aumentar ainda mais (foto: brizmaker/stock.adobe.com)
Soluções robustas, como janelas com conforto acústico e térmico, precisam estar presentes também em edificações residenciais e de médio porte para o consumo dos vidros de valor agregado aumentar ainda mais (foto: brizmaker/stock.adobe.com)

 

O papel dos insulados nesse cenário
Os insulados são um grande enigma a ser desvendado pelo mercado vidreiro: é a solução que mais oferece benefícios às edificações e aos usuários, porém, mesmo com o crescimento de 2024, ainda representa uma quantidade minúscula de vidro comercializado – quase quinze vezes a menos que o total dos laminados. “O insulado vem ampliando sua presença, mas ainda enfrenta barreiras decorrentes de uma percepção de alto custo – muitas vezes sem que o cliente avalie os reais ganhos energéticos, térmicos e de conforto proporcionados pelo produto”, alerta a consultora de Especificação e Produtos da PKO, Claudia Mitne.

Segundo Moraes, da Atenua Som, o investimento em insulado se paga em pouco tempo (dois ou três anos, dependendo do porte da obra). “É um absurdo a gente não usá-lo mais. Você olha para os países árabes, lugares extremamente quentes, e é tudo com insulado. Talvez pelo fato de a palavra ‘conforto’ remeter a coisas caras, supérfluas, isso ajude a não vendê-lo mais. Mas a gente precisa focar na economia, na saúde do cliente”, alerta.

Nem todas as fontes consultadas por O Vidroplano demonstraram otimismo com a atual situação do produto – ao menos, em relação à construção civil, o segmento que mais consome vidro no Brasil. “É provável que o crescimento esteja relacionado ao setor de refrigeração, que tem se expandido significativamente. Trata-se de um mercado com características técnicas distintas”, analisa Marcelo Martins, diretor-comercial da GlassecViracon.

Processadoras voltadas ao ramo de refrigeração nos confirmaram a existência de uma demanda aquecida. O diretor-comercial da VHM, Vitor Griesang, relembra que o insulado tem lugar cativo nessa cadeia, pois o balizador dos produtos é o desempenho térmico: “São usados em praticamente todas as portas de refrigerador, assim como em vitrines expositoras para açougue e padaria”.

A gerente de Desenvolvimento de Produtos da Rohden, Edilene Marchi Kniess, explica que evoluções técnicas dessa indústria contribuíram para a alta: “Nota-se que, em diversos projetos, houve a substituição de vidros simples por duplos, ampliando o isolamento térmico mesmo em equipamentos de menor porte. Soma-se a isso a redução na oferta de equipamentos de refrigeração abertos (sem portas), em favor de soluções fechadas e mais eficientes, que incorporam insulados como padrão”. Isso pode explicar o salto no faturamento de quem fornece para esse ramo. “De 2022 para 2023, tivemos crescimento de 66% em insulados para refrigeração; de 2023 para 2024, o aumento foi de 30,12% nas vendas”, relata a diretora-financeira da Vidrolar, Camila Arcenio.

Modernidade é com vidro
Não existe material mais em contato com as necessidades da construção moderna que um bom vidro de valor agregado. “O aumento da população, do consumo e do desmatamento no mundo provocou uma revolução climática, com o aquecimento global. As cidades estão mais populosas e com problemas de mobilidade, o que provoca engarrafamentos e muito barulho”, analisa Juca, da Viminas. “Existe ainda um outro ponto muito importante: a grande preocupação com a segurança. E os vidros evoluíram para contribuir de forma decisiva para estas três preocupações da vida moderna: segurança, conforto térmico e conforto acústico.”

Para Malvezzi, da AGC, é justamente a sustentabilidade o principal motor da crescente participação dos laminados e insulados. “Essa mudança acontecerá aqui no Brasil, como já ocorreu no Japão e na Europa, incluindo a aplicação de uma taxa de emissão de carbono que existe lá fora e chegará ao País cedo ou tarde. Isso impulsionará o uso desses vidros”. Com o passar do tempo, o mercado se adapta a novos padrões – basta ver a evolução de estruturas como fachadas graças ao uso do nosso material.

“Eu moro perto da Represa de Guarapiranga [reservatório para abastecimento de água a municípios da Região Metropolitana de São Paulo] e tenho insulados em casa”, conta Moraes, da Atenua Som. “É uma região com variação de temperatura enorme, coisa de 20 °C. Quando saio da cozinha, um ambiente com vidro comum, e entro no quarto, sinto na pele a diferença de temperatura.”

O laminado e o insulado, portanto, são produtos que resolvem mais de uma demanda ao mesmo tempo – desde que corretamente especificados por especialistas técnicos, obviamente. E, ao se utilizar especificações que misturam diferentes soluções (laminado estrutural, insulado com laminado etc.), os benefícios se multiplicam. “O que se vê no Brasil é a tentativa de combinar controle solar com segurança apenas por meio do laminado, o que limita o desempenho geral das fachadas”, exemplifica Marcelo Martins, da GlassecViracon. “Os vidros de controle solar mais avançados são projetados para uso em insulados, permitindo ganhos efetivos em estética, desempenho térmico, acústico e segurança, especialmente quando um dos lados do conjunto é laminado.”

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Tendências para o hoje e o amanhã
Claudia Mitne, da PKO, indica algumas tendências para a aplicação de vidros de valor agregado que estão em andamento – e devem se firmar como o padrão básico da construção em breve:

  • Fachadas com áreas envidraçadas maiores e estética mais leve;
  • Crescente busca por certificações ambientais e desempenho energético;
  • Uso de vidros com proteção às aves e aplicações que contribuem para a humanização dos espaços urbanos;
  • Esse movimento todo sendo reforçado por mais normas técnicas, para que a evolução seja acompanhada por qualidade e segurança.

Vidros com propriedades adicionais, como controle solar avançado e integração com tecnologias inteligentes, devem ser outras constantes para o futuro, de acordo com Fábio Reis, da Guardian. “Exemplos incluem a utilização de grandes panos de vidro substituindo paredes e a geração de energia por meio da captação de radiação solar – seja diretamente, com filmes fotovoltaicos semitransparentes aplicados nos vãos de luz, ou com sistemas BIPV (sistema fotovoltaico para envoltórias de edifícios), instalados nas frentes de lajes, em versões opacas e com cores harmonizadas ao projeto arquitetônico”, comenta.

 

Foto: Benjamin Salazar/stock.adobe.com
Foto: Benjamin Salazar/stock.adobe.com

 

O que esperar para os laminados:

  • Conscientização sobre a normalização do produto: O material precisa ser encarado como a única opção possível quando falamos de guarda-corpos, coberturas e outras aplicações estruturais, sendo recomendados para fachadas (mesmo acima da cota de 1,10 m em relação ao piso) e também aplicações internas (como boxes de banheiro, uma tendência já vista em feiras do setor);
  • Interlayers diferenciados: “Entre as principais tendências para laminados que enxergamos estão a aplicação de interlayers especiais, como os acústicos, coloridos, estruturais e amigável às aves”, indica Luiz Barbosa, da Vivix;
  • Integração com outras tecnologias: Especificações devem incluir mais peças de controle solar dinâmico (que ajusta automaticamente o nível da transparência) ou de vidros polarizados, eletrocrômicos etc.

 

Foto: srki66/stock.adobe.com
Foto: srki66/stock.adobe.com

 

O que esperar para os insulados:

  • Expansão de conjuntos multicamadas: “Vidros triplos com tratamentos específicos visam a ganhos máximos em isolamento térmico, principalmente em ambientes com forte exigência de conservação energética”, explica Edilene Kniess, da Rohden;
  • Fachadas duplas: Também chamadas de double skin, são estruturas altamente eficientes, ideais para edifícios inteligentes, aponta Edilene: “Nelas, o insulado integra sistemas de ventilação natural e proteção térmica”;
  • Foco na estética: Personalização dos conjuntos com impressão digital ou serigrafia entre vidros, unindo design e identidade visual à performance funcional;
  • Tecnologia mais robusta para refrigeração: Segundo Vitor Griesang, da VHM, a fabricação de insulados com espaçadores transparentes ganha espaço. “Isso elimina a necessidade de serigrafia nas bordas da peça para dar acabamento, permitindo um equipamento mais clean e com maior visibilidade dos produtos expostos”, confirma. “Outra grande tendência são os vidros com aquecimento, ligado diretamente na rede 110 V/220 V. Esse trabalho se dá a partir de uma incisão a laser que permite que o vidro suporte a tensão, sem necessidade de usar transformadores.”

Nossa lição de casa
Após ver as questões técnicas desses vidros e seu papel para a construção atual (e também do futuro), surge a pergunta: o que fazer para aproveitar a onda e aumentar ainda mais o consumo de vidro de valor agregado no Brasil? “A situação passa por uma combinação de fatores: conscientização sobre os benefícios técnicos e estéticos dos produtos, incentivo à inovação por parte dos fabricantes e especificadores, e oferta de soluções que combinem qualidade com eficiência”, responde Priscila Kimmel, da NEX.

De acordo com Jonas Sales, da Cebrace, um dos pilares para isso se tornar realidade é a capacitação da cadeia. “Devemos ter noção da importância de treinamentos técnicos voltados a processadores, consultores, arquitetos e construtoras, para ampliar o conhecimento técnico e promover a especificação correta de cada tipologia conforme sua aplicação”, analisa. Thiago Malvezzi, da AGC, concorda que compartilhar informação deva ser a base da atuação de nosso setor: “Associações e influenciadores em nosso mercado têm levado essa informação correta aos atores de toda a cadeia da construção, e nós temos nos envolvido nessas atividades, no sentido de fazer com que todo o mercado ganhe valor”.

Por falar em iniciativas do setor para a divulgação de conteúdo técnico vidreiro, uma das mais abrangentes é o Educavidro, plataforma de educação a distância criada pela Abravidro, em parceria com a Abividro. “O Educavidro foi desenvolvido não apenas para profissionais vidreiros, mas também para todo o ecossistema da construção civil e de outros segmentos que trabalham com vidro, incluindo estudantes. Por ser gratuito e online, pode ser utilizado em qualquer lugar do País, democratizando o acesso ao conhecimento, que é fundamental para o desenvolvimento de nosso mercado”, explica o presidente da Abravidro, Rafael Ribeiro.

A criação de novos vidros, que visem a uma aplicação mais tecnológica de nosso produto, ajuda na conscientização. “O objetivo é facilitar a divulgação e a escolha das soluções para todos os setores – residencial, multifamiliar e comercial – com um portfólio nacional criado para atender as demandas específicas de cada projeto”, aponta Fábio Reis, da Guardian. “Nesse sentido, atuamos em diversas frentes, como na capacitação de especificadores, no desenvolvimento de soluções alinhadas às necessidades reais dos usuários e na participação ativa nos processos de atualização das normas técnicas do setor”, revela Luiz Barbosa, da Vivix.

Claudia Mitne, da PKO, acredita que o conhecimento técnico é valioso tanto quanto o produto entregue. “Sabemos que a percepção de valor é construída em conjunto por toda a cadeia: incorporadores, arquitetos, construtores, empresas de esquadrias e processadores. Nesse cenário, devemos atuar como parceiros técnicos, promovendo uma abordagem que prioriza desempenho, longevidade e retorno ao usuário final, não apenas preço”.

Por isso, demonstrar os benefícios do vidro é a chave para aproximar esse enorme conhecimento que a cadeia vidreira possui dos especificadores. A Viminas, por exemplo, conta em sua fábrica com expositores com os quais os clientes interagem na prática. “Temos uma caixa acústica, para demonstrarmos a diferença na atenuação do som, com ela aberta e fechada. Em relação ao conforto térmico, acendemos uma lâmpada incandescente cuja luz passa por um vidro comum à direita e por um laminado com proteção solar à esquerda. As pessoas colocam a mão por baixo e experimentam a grande diferença da retenção do calor de cada peça”, conta Juca.

 

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Fomentando a demanda
Edilene Marchi Kniess, da Rohden, aponta questões relevantes para o fomento da demanda dos vidros de valor agregado:

  • Contribuição do material para certificações de construção sustentável como Leed, Aqua e Procel Edifica;
  • Atualização das normas e regulamentações de desempenho energético em edificações, incentivando soluções construtivas que privilegiem o isolamento térmico e o uso de materiais de alta performance;
  • Fomento a políticas públicas e linhas de financiamento que priorizem construções sustentáveis com foco na eficiência energética, nas quais o vidro insulado pode ser um diferencial competitivo.

Outras questões importantes a serem debatidas
“Quando se fala em desempenho térmico e acústico, não há produto que se equivalha ao insulado”, afirma Vitor Griesang, da VHM. Como visto anteriormente, ele pode ser feito com diversos tipos de vidro, somando benefícios diferentes numa única solução – é como se fosse um portfólio de tudo que o vidro pode oferecer de bom ao usuário. “Entendo que seja necessário elevar a qualidade técnica das especificações, e nisso o vidro insulado tem um papel central. É fundamental que o setor exerça um papel educacional ativo, promovendo a conscientização sobre o uso de vidros eficientes, que geram retorno financeiro ao longo da vida útil das edificações”, opina Marcelo Martins, da GlassecViracon.

O primeiro passo é desmitificar a ideia errada de que o insulado funciona apenas para regiões com clima frio. Além disso, deve-se viabilizar sua aplicação não apenas em fachadas comerciais de alto padrão, mas também em residências e empreendimentos de médio porte. O acesso das processadoras às soluções, principalmente a insumos para sua fabricação, também não pode ser esquecido – afinal, não adianta a tecnologia existir, mas ser difícil consegui-la. “Embora haja uma boa oferta de produtos locais, a crescente demanda tem levado muitos players a recorrer a insumos importados, reconhecidos pela qualidade e confiabilidade. Assim, é preciso facilitar o acesso a insumos de qualidade superior, com suporte técnico e logístico que incentivem a adoção dessas soluções”, reforça Priscila Kimmel, da NEX. “A presença local permite que as empresas brasileiras elevem o nível de seu trabalho e atendam um mercado cada vez mais exigente.”

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Este texto foi originalmente publicado na edição 630 (junho de 2025) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto de abertura: brizmaker/stock.adobe.com