Vidroplano
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Dicas para uma boa execução de retrofits

20/08/2020 - 10h22

Este mês, a seção “Retrofit” estreia nas páginas de O Vidroplano. O objetivo das reportagens publicadas aqui é apresentar obras que passaram por um trabalho de retrofit, seja em suas fachadas ou nos seus interiores. Nesta primeira reportagem, confira algumas dicas para uma boa execução desse serviço e conheça dois projetos de sucesso já realizados no Brasil.

O que é
O processo de retrofit consiste na modernização e revitalização de edificações antigas que estejam ultrapassadas ou fora de norma. Com ele, é possível aumentar a vida útil delas, utilizando materiais com qualidade mais avançada — como vidros de valor agregado, por exemplo —, para conferir benefícios que vão da estética externa ao conforto térmico e acústico no interior do ambiente.

Há quatro tipos mais comuns desse trabalho:

Recuperação: indicada para prédios de valor histórico ou quando a fachada apresenta elementos com defeito. Nesse caso, alguns ajustes simples são suficientes para manter o que foi originalmente utilizado;
Rearranjo: vai além da recuperação. Nele é preciso substituir alguns materiais por outros diferentes, alterando parcialmente o visual;
Reforma: trata-se de uma intervenção maior, com a troca de elementos originais, como vidros antigos por novos de maior valor agregado;
Renovação: muda completamente o layout da obra, elevando bastante os benefícios dela aos usuários e ao meio ambiente.

Hotel Nacional 
Cidade:
Rio de Janeiro
Ano de construção: 1972
Ano do retrofit: 2016
Empresa responsável: QMD Consultoria

ANTES-RETROFIT

 

O que mudou:
• Os vidros antigos da fachada foram trocados por laminados de peças de controle solar, proporcionando a redução do calor em 63% e transmissão luminosa de 25%;
• Embora modernizado, o edifício manteve visualmente as características originais do projeto de Oscar Niemeyer;
• Um dos bares do hotel, o Roof Top Bar, é cercado por vidros que desempenham a função de isolamento acústico;
• Nosso material também foi aplicado na academia, no spa e em guarda-corpos.

palacio-depois

 

Sem receita básica
Cada caso é um caso quando uma obra passa por retrofit. A revitalização é feita sob medida e de acordo com as características de cada empreendimento. Por isso, é essencial que um especialista avalie as condições da fachada da obra antes de elaborar esse projeto.
Apesar disso, há alguns pontos que podem ser levados em consideração:
• Uso de vidros de valor agregado: esses produtos contribuem para a modernização do edifício, especialmente aqueles que permitem eficiência energética, como os de controle solar, ou conforto acústico e os insulados;
• Atenção com as esquadrias: como os perfis se desgastam com o passar dos anos, pode aparecer infiltração de ar e água. Checá-los é essencial para garantir o bom desempenho da modernização aplicada.

Palácio Iguaçu
Cidade: Curitiba
Ano de construção: 1954
Ano do retrofit: 2010
Empresa responsável: Hedron Engenharia
O que mudou:
• A nova fachada tem a tonalidade verde — originalmente pretendida para o prédio quando foi construído — com a instalação de laminados verdes-claros de 10 mm;
• Apesar do novo tom da edificação, a reforma manteve a estética original da obra, conforme pretendido;
• O envidraçamento aplicado no retrofit teve ainda um aumento no seu desempenho, com atenuação sonora de até 35 dB e transmissão luminosa de 70%;
• Também foram utilizados vidros em guarda-corpos e pisos no interior do edifício.

 

Sua empresa tem algum trabalho de retrofit?
Envie fotos e informações de obras interessantes para o e-mail ovidroplano@abravidro.org.br – nossa equipe de reportagem irá avaliar o material.

Este texto foi originalmente publicado na edição 572 (agosto de 2020) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

 



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