Vidroplano
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GPD 2019 leva conhecimento ao setor vidreiro mundial

19/07/2019 - 14h27

É clichê falar que Tampere, na Finlândia, torna-se a capital mundial do vidro quando recebe, a cada dois anos, o Glass Performance Days (GPD) — e, no mês passado, nos dias 26 a 28, isso voltou a acontecer. Mesmo assim, é impossível não concordar com a frase. O congresso possui um nível técnico altíssimo, oferecendo espaço para profissionais de todo o planeta debaterem as principais tendências do setor em fabricação, processamento, instalação e desenvolvimento de produtos com vidro. Estar presente em um evento como esse é entrar em contato com as mais avançadas ideias da indústria vidreira: só este ano, foram mais de mil participantes, entre palestrantes e congressistas — com o recorde de 280 pessoas pela primeira vez por lá.

Programação de qualidade

UBLO 2
Para conferir essas novidades ao vivo, Iara Bentes, superintendente da Abravidro e editora de O Vidroplano, participou do encontro. E antes mesmo do início oficial, o GPD já trazia atividades: no dia 25, foram realizados workshops práticos, focados em questões técnicas do processamento do material. Ali, a Glaston mostrou o aplicativo gratuito Glaston Siru. Indicado para dispositivos móveis Android e iOS, faz a contagem dos fragmentos do vidro temperado gerados após os testes de fragmentação.

A presença de brasileiros foi boa: quase dez profissionais de nosso país viajaram para a Finlândia, representando diversas empresas, entre processadoras e consultores.

“Na era das fake news, o GPD é fonte de informação confiável”, disse Jorma Vitkala, chairman do evento, durante a cerimônia de abertura. “A tecnologia tem mudado rapidamente a realidade das pessoas e empresas. Precisamos estar prontos para atender as necessidades dos clientes e também dos clientes deles”, frisou.

Esse foi o último GPD de Vitkala como membro da organização. Em sua homenagem, criou-se um prêmio, o Jorma Vitkala Award of Merit, destinado a pessoas com trabalho de relevância no setor. O vencedor da primeira edição foi o engenheiro inglês James O’Callaghan, do escritório Eckersley O’Callaghan, responsável pelas lojas envidraçadas da Apple.

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Indústria 4.0, anisotropia e mais
Entre as mais de duzentas palestras da programação, alguns temas se destacaram, como a tecnologia 4.0 mudando as operações das empresas e o controle do efeito de anisotropia nos temperados. Panoramas globais sobre processamento e fabricação de vidro mostraram, com riqueza de detalhes, a situação do mercado mundial. Veja mais informações sobre algumas apresentações clicando aqui.

Contatos profissionais
Além do conteúdo pioneiro e de qualidade, o congresso preocupa-se cada vez mais com o networking entre participantes. O aplicativo utilizado pelos organizadores para o encontro, por exemplo, permitia conhecer o perfil dos participantes e também marcar reuniões com outras pessoas em horários reservados especialmente para isso.

O ambiente colaborativo também chamou atenção: os palestrantes ressaltavam a disposição em trocar informações após suas apresentações. Prova de que todos querem transmitir e receber conhecimento.

Outro espaço relevante nesse sentido era o Step Change, criado com a intenção de colocar startups vidreiras em contato com grandes companhias do setor, visando ao desenvolvimento de inovações tecnológicas. A área tinha pequenos estandes nos quais eram apresentados itens e soluções diversas — como, por exemplo, o Ublo, da empresa sul-coreana de mesmo nome. Esse produto funciona como uma minijanela redonda: pode ser aplicado em fechamentos de vidro e tem a função de permitir a ventilação natural.

A programação incluiu ainda os tradicionais coquetéis, nos quais os profissionais conseguiram trocar ideias de forma mais informal — em um dos jantares ocorreu o famoso brinde à moda finlandesa, com uma dose de vodca dentro de uma casca de ovo. A festa de encerramento também contou com atividades de lazer: com temática do “Velho Oeste”, teve um karaokê disponível aos participantes, banda e até mesmo uma escola de samba finlandesa!

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Portanto, participar do GPD é importante para quem quer, e precisa, manter-se atualizado. Por isso, O Vidroplano conversou com os brasileiros que foram para a Europa (clique aqui) e também com Jorma Vitkala (clique aqui) a respeito da edição deste ano do evento. Se você não pôde ir, tudo bem: 2021 chega já, já!

Presença verde e amarela

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O GPD tem uma área destinada a publicações internacionais vidreiras, reunindo periódicos de diversas partes do mundo. Mais uma vez, O Vidroplano foi a única revista brasileira a estar em Tampere!

Este texto foi originalmente publicado na edição 559 (julho de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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