As indústrias brasileiras estão em processo de avanço na digitalização das operações, mas a Indústria 4.0 ainda é uma realidade distante para a maioria. A conclusão é da 2ª edição do Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) da Manufatura, estudo realizado pela empresa de tecnologia TOTVS em parceria com a companhia de pesquisa h2r insights e trends.
Segundo os dados levantados, as empresas de manufatura brasileira evoluíram no ganho de produtividade tecnológica nos últimos cinco anos, obtendo média de 0,71 ponto – em uma escala de 0 a 1 –, frente ao resultado de 0,52 ponto registrado em 2019.
O IPT tem como objetivo avaliar o uso, internalização e ganho de performance a partir da adoção de sistemas de gestão e tecnologias complementares. O comparativo de cinco anos mostra que, embora o setor seja tradicionalmente visto como menos suscetível à disrupção digital rápida, a transformação digital está em curso e impactando várias áreas do setor, da produção à logística e interação com o cliente.
Acesse ao IPT aqui.
Produtividade em queda entre processadores de vidro
O dado do IPT vai na contramão da produtividade (geral, não apenas tecnológica) das processadoras vidreiras, medido anualmente pelo Panorama Abravidro, estudo da entidade que mensura o desempenho econômico e produtivo do setor vidreiro nacional. De acordo com a edição 2024, lançada em maio pela Abravidro e que traz dados referentes a 2023, no ano passado houve 149,3 m² de vidro processados por funcionário ao mês, o pior desempenho da série histórica (em 2019, foram 160,6 m²). O indicador está em viés de queda desde 2021 e, nos últimos dez anos, só houve crescimento na produtividade das empresas em 2015 e 2020.
Por outro lado, 19% das empresas respondentes afirmam que desejam realizar grandes investimentos neste ano, contra 15,5% no ano passado, o que pode contribuir para a modernização e ganho de produtividade das indústrias processadoras vidreiras.
Confira o Panorama Abravidro 2024 aqui.
Crédito da imagem: Freepik.com/aleksandarlittlewolf