04/10/2023 - 14h45

A Saint-Gobain diminuiu de 15% para 5% a sua expectativa de aumento de receita no Brasil. Conforme revelou Javier Gimeno, presidente da companhia na América Latina, ao jornal Valor Econômico, o primeiro semestre apresentou resultados aquém do esperado, o que afetou o cenário da empresa para o restante do ano.

Apesar do prognóstico, Gimeno disse estar otimista com o futuro da empresa – detentora das marcas Cebrace, Quartzolit, Brasilit e das redes de varejo Telhanorte e Tumerelo. Segundo o executivo, o mês de julho apresentou uma inflexão no volume de vendas, ação que é vista com bons olhos no que diz respeito ao desempenho do País para 2024.

De acordo com a companhia, há ainda outros elementos que apontam o porquê do otimismo e que já são sentidos de forma positiva pela Saint-Gobain, como o início da queda de juros e a inflação sob controle, fatores que devem elevar o consumo.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa, Minha Vida são outros indutores de confiança. Além deles, a redução da taxa Selic, que tende a baratear o crédito imobiliário, e a expectativa pela reforma tributária compõem o pacote de otimismo em relação ao futuro da empresa no País.

O Brasil é responsável por cerca de dois terços de todas as vendas da Saint-Gobain na América Latina, as quais registraram 1,2 bilhão de euros em vendas no primeiro semestre, segundo seu balanço. Desse montante, a multinacional reinveste cerca de 5% das vendas feitas no País, sendo que 1% tem como destino o apoio a medidas de descarbonização.