Sede da Apple ganha escultura de vidro
05/03/2024 - 15h35
A ligação da gigante de tecnologia Apple com nosso material vem de longa data. As icônicas lojas da marca, em formato de cubo, revolucionaram o uso do vidro estrutural ao redor do planeta. Em 2018, a empresa inaugurou sua sede, chamada de Apple Park, na cidade de Cupertino, Califórnia (EUA), usando panos gigantescos de vidro curvo – fizemos uma reportagem sobre a obra na edição de janeiro de 2018 de O Vidroplano. Ano passado, mais um passo foi dado para estreitar ainda mais essa parceria vencedora: inaugurou-se a escultura Mirage, produzida com vidro moldado de diferentes cores e texturas.
Uma obra global
Produzida pela artista plástica escocesa Katie Paterson em parceria com o escritório de arquitetura Zeller & Moye (fundado pelo alemão Christoph Zeller e pela mexicana Ingrid Moye), a Mirage está localizada em uma colina no espaço público do Apple Park, em meio a oliveiras, próximo ao centro de visitantes. Com 209 m² de área, tem quatrocentas colunas de vidro moldado, cada uma com 2 m de altura.
O diferencial está no conceito do projeto: os vidros foram feitos com areia coletada em diferentes desertos do mundo. “A areia, tão onipresente em toda a Terra, é um marcador do tempo”, comenta Katie Paterson. “Nossa esperança é que a Mirage crie uma experiência sensorial que desperte a imaginação, conecte os visitantes à vastidão do planeta e à sua preciosa natureza selvagem.”
Produção
A areia utilizada foi recolhida de forma sustentável, com a ajuda de geólogos, das comunidades de regiões desérticas e até mesmo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Especialistas do setor vidreiro e cientistas de materiais prepararam receitas únicas para cada tipo de areia, combinando métodos atuais e modernos de produção em larga escala a técnicas surgidas lá atrás, na origem da fabricação do vidro.
O resultado de toda essa preparação pode ser visto nas variações nas cores e texturas das peças finalizadas, o que altera a percepção do observador da escultura: de dia, sua superfície reflete diferentes tons da luz; à noite, ela brilha suavemente. “A escultura se desdobra peça por peça, por meio dessa mudança gradual de cor e consistência do material”, explica Christoph Zeller.
Em sintonia
De acordo com os criadores da obra, a experiência de observar a luz passar pelas peças envidraçadas se torna uma espécie de meditação, criando um momento de pausa, de desaceleração, para entrar em sintonia com a imensidão de nosso planeta. “A composição espacial da Mirage cria um inesperado local de encontro social e contemplativo para visitantes e funcionários relaxarem, deitarem na grama, fazerem um piquenique ou brincarem”, destaca Ingrid Moye.
Ficha técnica
Projeto: Mirage
Local: Cupertino, Califórnia (EUA)
Conclusão da obra: maio de 2023
Arquitetura: Zeller & Moye
Artista: Katie Paterson
Fabricante do vidro: John Lewis Glass, Inc.
Foto de abertura: Iwan Baan
Voltar
Itens relacionados ................................................................................................
- Guardian abre inscrições para Top Projects 2025
- Inscreva-se no Prêmio ADUS LATAM de arquitetura, da Saint-Gobain
- Luta da Lajeadense Vidros é contada em reportagem da Exame
- Educavidro disponibiliza aplicativo para estudos via celular e tablet
- Casa de vidro é destaque na Casa Cor PR 2024
- Por que deve-se usar apenas laminados de segurança em guarda-corpos?