Vidroplano
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Vidros trazem oportunidades em condomínios

22/02/2022 - 10h21

Não é novidade que nossos materiais têm grande apelo para a arquitetura e design: as páginas de O Vidroplano frequentemente mostram sua aplicação em fachadas de edificações ou nos interiores de residências e espaços comerciais. Mas há várias outras possibilidades para o uso desses produtos, algumas delas envolvendo sua aplicação em condomínios residenciais. A seguir, saiba como nosso material contribui para esses espaços.

 

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Imagem: Rogério Pereira – Bliss Arquitetura

Edifício Ilhas Fiji, em Caiobá (PR), projetado pelo escritório Catherine Moro Arquitetura. O empreendimento leva laminados 4+4 mm de controle solar ClimaGuard Sunlight, da Guardian e processados pela Blue Glass, nas esquadrias em geral do condomínio — incluindo os guarda-corpos das áreas de frente para o mar. O uso de peças de alta performance proporcionou maior conforto térmico, além de contribuir para a redução do consumo de energia do condomínio e aproveitamento da maior interação visual da obra com a paisagem

 

Sensação de integração e amplitude
“Vidros e espelhos são elementos essenciais para a criação de obras contemporâneas. Por isso, sua utilização nas áreas comuns dos condomínios é indispensável”, avalia a arquiteta Catherine Simon Moro, proprietária do escritório Catherine Moro Arquitetura, de Curitiba.

Para outra arquiteta, Ana Cristina Cunha, do Recife, o uso dos produtos em condomínios residenciais tem vasta gama de aplicações. Essa lista inclui:

– Muros;

– Divisória de espaços;

– Cobertura;

– Guaritas;

– Peitoris;

– Elementos decorativos.

“Os espelhos, por sua vez, podem revestir ambientes como halls, conferindo ampliação de espaço e sofisticação”, acrescenta Ana Cristina.

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Imagem: Rogério Pereira – Bliss Arquitetura

 

Sandra Pompermayer, arquiteta e designer de interiores de São Caetano do Sul (SP), já utilizou alguns desses elementos em seus projetos de prédios residenciais para fazer o fechamento da entrada, compondo com toda a área de circulação e portaria. “Podemos, por exemplo, fazer um muro de vidro que, além de conferir segurança, oferece integração visual com o exterior e deixa o ambiente mais clean e bonito em comparação com um muro todo fechado de concreto”, avalia. Para ela, a facilidade da limpeza e manutenção é outra vantagem dos vidros e espelhos em relação a estruturas com grades de ferro e alumínio.

 

A importância da escolha certa
Para que nosso material proporcione a proteção e o desempenho esperados, é fundamental usar os vidros adequados do modo adequado. De maneira geral, cabe ao arquiteto responsável pelo projeto especificar corretamente o tipo de vidro apropriado para a aplicação. Além disso, assim como outros elementos da construção, o vidro deve ser instalado corretamente, para garantir a segurança e atender as necessidades de seus usuários.

Para o sucesso de uma especificação, é importante que os envolvidos no projeto conheçam os vidros existentes no mercado e as determinações das normas técnicas – assim, além do apelo estético, do aproveitamento da luz natural e da integração, a aplicação trará desempenhos térmico e acústico. É preciso ainda seguir as determinações das normas técnicas, em especial as da ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações, verificando quais vidros de segurança são adequados para determinado uso. Vale destacar que, em certos casos, há restrições mesmo entre os vidros de segurança; no caso dos guarda-corpos, por exemplo, essas estruturas não podem ser feitas com temperado, a menos que esteja compondo um laminado.

Para auxiliar o trabalho correto do profissional e informar o consumidor de forma fácil sobre as aplicações previstas em norma, a Abravidro desenvolveu a tabela Que vidro usar?, parte da campanha #TamoJuntoVidraceiro, que está disponível para download gratuito no site da associação.

 

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Imagem: Divulgação Sandra Pompermayer

Edifício Rio de Janeiro, no bairro de Higienópolis, em São Paulo: o escritório da arquiteta e designer de interiores Sandra Pompermayer deu cara nova à obra ampliando o uso de vidros nela – nas fotos, o antes e o depois do retrofit. Todo o gradil de ferro foi trocado por esquadrias com laminados. A cobertura envidraçada de acesso a pedestres, feita em um pergolado existente na frente do prédio, não afetou a estrutura nem o estilo da edificação. Já o hall de entrada e a guarita receberam portas blindadas de vidro e aço

 

De cara renovada
Embora a ideia de aplicação de vidros e espelhos em condomínios possa remeter a obras em andamento, nossos materiais também têm potencial em edificações mais antigas, por meio do retrofit. “Às vezes, um prédio fica desvalorizado se não se moderniza, caso não faça manutenções e atualizações em sua área comum e fachada”, opina Sandra Pompermayer.

A arquiteta já desenvolveu trabalhos de retrofit em alguns edifícios residenciais com fachadas muito antigas, que não chamavam muita atenção. “Com a modernização que fizemos, sem afetar o estilo original e com linhas modernistas, conseguimos um resultado muito satisfatório, gerando giro de vendas e visitações nas unidades que estavam para locação”, afirma.

O retrofit em condomínios pode ser muito interessante para tornar seus ambientes mais atrativos. Porém, essa atividade também requer cuidados: toda manutenção deve ser feita por profissional ou empresa qualificados, de acordo com a complexidade do serviço a ser realizado.

Para as reformas de sistemas envidraçados, precisam ser seguidas as normas ABNT NBR 7199, ABNT NBR 10821 — Esquadrias para edificações e ABNT NBR 16280 — Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos (ou outras normas brasileiras aplicáveis) e também os manuais da edificação fornecidos pela construtora, bem como as instruções dos fabricantes. O tipo de vidro aplicado na reforma tem de ser o indicado na ABNT NBR 7199.

 

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Imagem: Ana Cristina Cunha

Em diferentes projetos para condomínios residenciais, a arquiteta Ana Cristina Cunha explorou o uso do vidro de valor agregado, no caso, o de controle solar Vivix Performa verde, da Vivix: na cobertura na versão Duo (laminada) 8 mm, o conforto térmico se soma à proteção contra o Sol e intempéries; em muros — o da foto foi feito com peças temperadas —, além da segurança, proporciona estética diferenciada para a edificação

 

Saindo do básico
Ana Cristina Cunha destaca que é possível obter benefícios adicionais no caso do uso de vidros de valor agregado. “Com novas opções de alta performance no mercado, a atualização do conhecimento sobre os produtos disponíveis e a especificação correta delas permitem ganhos na estética, segurança, eficiência energética e conforto térmico, entre outros”.

Catherine Moro concorda: “A escolha desses produtos especiais tem um custo inicial elevado – porém, com o tempo de uso, os moradores irão sentir os benefícios proporcionados por esses vidros de alta qualidade e performance, agregando valor ao empreendimento como um todo e possibilitando melhor conforto térmico, acústico e até ambiental para todos”. É importante que o especificador saiba adequar as características do vidro ao orçamento do empreendimento, optando sempre pelo melhor custo-benefício para os clientes.

Aproximando os condomínios dos vidros
No ano passado, Vera Andrade, coordenadora técnica da Abravidro, apresentou o workshop “O que preciso saber sobre os vidros aplicados no condomínio para evitar acidentes”. O evento foi organizado pelo Sindividros-RS e transmitido via YouTube pelo canal do Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais no Rio Grande do Sul (Secovi/RS), parceiro do sindicato vidreiro gaúcho na realização.

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Imagem: Reprodução

 

Para a Abravidro, a iniciativa foi muito positiva. “Tivemos a oportunidade de nos aproximar de um público bem específico, os síndicos. Ao levarmos as informações sobre as características dos vidros a esses profissionais, estamos preparando-os para identificar potenciais riscos em aplicações irregulares de vidro nos seus condomínios e providenciar correções, bem como para exigir de futuros fornecedores a aplicação de vidros seguros e adequados à necessidade de cada fechamento”, avalia Vera.

Os síndicos devem estar atentos ao nível de segurança das áreas comuns de seus condomínios. Por isso, precisam saber que vidro não é tudo igual – ou seja, que existe um tipo adequado para cada aplicação e que seu papel vai muito além de um simples fechamento ou divisão de vão, pois a segurança dos usuários deve vir em primeiro lugar.

Também é importante que, em vistorias de entrega de condomínios novos, o síndico, juntamente com o corpo diretivo, esteja atento para os tipos de vidro aplicados nas áreas comuns e exijam da construtora a comprovação de que eles estão em conformidade com as normas técnicas.

Como forma de contribuir com o aumento da segurança nas edificações, a Abravidro considera primordial disseminar o conhecimento, seja a síndicos ou mesmo a moradores, sobre os diferentes tipos do nosso material, e reforçar que o uso de vidros de segurança é obrigatório em determinadas aplicações.

Crédito da imagem: num/stock.adobe.com

Este texto foi originalmente publicado na edição 590 (fevereiro de 2022) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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