27/06/2019 - 14h04

O segundo dia do mais importante congresso vidreiro do mundo, o Glass Performance Days (GPD), teve na anisotropia um importante tema de discussão. A editora de O Vidroplano, Iara Bentes, está na cidade de Tampere, na Finlândia, para checar os principais debates técnicos sobre o setor que ocorrem até sexta-feira (28), último dia do evento. E é ela quem nos manda as notícias quentes!

No GPD 2017, a anisotropia já estava presente nas apresentações. Em fevereiro do ano passado, O Vidroplano fez uma reportagem explicando o que ela é: uma propriedade óptica dos vidros que passam por tratamentos térmicos, manifestando-se como manchas visíveis em determinadas condições de luz e posições de observação. Este ano, o assunto volta ainda com mais força ao evento.

Palestras a esse respeito lotaram os auditórios. Uma delas, ministrada por Reijo Karvinen (da Universidade de Tecnologia de Tampere), foi bastante técnica ao demonstrar como a melhor distribuição de calor nas chapas pode diminuir a incidência do efeito.

Na outra apresentação, Louis Moreau (Agnora) comentou as implicações dessas manchas no uso arquitetônico do vidro. Relembrou também o trabalho feito com um grupo de estudos para criar uma norma americana — e, eventualmente, uma europeia e uma ISO — sobre o tema. Inclusive, o texto a ser submetido ao ASTM, órgão americano de normalização, já está praticamente pronto. Profissionais mundiais se mobilizaram para estudar a anisotropia logo após o GPD 2017, tendo se reunido regularmente desde junho do ano passado.

Além disso, Moreau comparou as diferentes soluções de scanners que identificam anisotropia existentes no mercado, comentando as funções de produtos feitos pelas empresas Arcon, Glaston, Lite-Sentry, SoftSolution e Viproton.

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