Já já começa a 16ª edição da Glass South America: a principal feira do setor vidreiro na América Latina será realizada de 3 a 6 de setembro no Distrito Anhembi, em São Paulo. A fim de ajudar os visitantes a se preparar para o evento, o VidroCast recebeu em agosto Alexandre Brown, diretor de Portfólio de Construção Civil da NürnbergMesse Brasil (NMB) – organizadora da Glass em parceria com a Abravidro –, para contar as novidades que a feira trará este ano. Leia a seguir alguns destaques dessa entrevista. A íntegra pode ser conferida no canal da Abravidro no YouTube.
A mudança de data da Glass foi anunciada em dezembro do ano passado, pois havia um acúmulo de eventos vidreiros nos anos pares. Como foi o desafio de preparar a edição 2025?
Alexandre Brown – Foi um desafio para a gente, porque estamos acostumados com um período de dois anos, e essa edição agora está sendo realizada a pouco mais de um ano da anterior. Então, foi uma novidade para todo mundo: do nosso lado, a gente teve de antecipar todo o plano de comunicação, o processo de vendas, e os expositores também tiveram de se planejar em relação ao que iriam lançar no evento. Mas eu estou muito confiante, e acredito que o público e os expositores vão dar um show.
Mesmo com esse intervalo de quinze meses entre uma feira e outra, a Glass este ano será bastante robusta, com mais de 120 expositores, certo? Conte para a gente o que o visitante poderá encontrar na feira.
AB – Com essa mudança, o setor vidreiro nacional passa a ter um evento de peso nos anos ímpares, coisa que não tinha antes. Então, hoje, você pode colocar no seu calendário esse ponto de encontro. É um momento para o comprador buscar boas negociações com os seus fornecedores, para o fornecedor aquecer um pouco as suas vendas, e também é um espaço para muito networking. E a Glass terá uma agenda ainda mais robusta de atrações dentro do evento.
Eu ia falar justamente disso. A gente tem uma série de programações paralelas, como a volta da Arena de Conteúdo, o Vidro em Ação, as caravanas, a competição E-squadria Show by Meu Vidraceiro…
AB – A feira não traz só os estandes com exposição de produtos. Ela é um momento em que você pode se aprimorar em termos de conteúdo de diversas maneiras. No caso da Arena, a gente dedicou tempo, carinho, paciência e muito investimento para trazer um conteúdo bem-parrudo. Como sabemos que os arquitetos não vão sair dos seus escritórios para ver qualquer pessoa, investimos para trazer grandes nomes da arquitetura internacional com foco em vidro e nos dizer o que tem de novidade nisso aí.
Outra estreia é a Conversa de Especialista, uma consultoria que vamos organizar dentro do Hospitality Class, espaço aberto a todos os visitantes que fizerem agendamento no site da feira, com grandes executivos que vão aconselhar quem tiver algum desafio em vendas, em marketing ou de mercado nos seus negócios.
Como está o trabalho com as caravanas que vêm trazendo visitantes de diversos Estados?
AB – As caravanas vêm mais fortes do que nunca. Conversamos bastante com as associações regionais, dando total suporte a elas para ajudar a organizar e mobilizar essas caravanas, pré-credenciar esses visitantes para que, quando chegarem ao pavilhão, não percam tempo em ter de preencher nada. Praticamente todas as caravanas estão credenciadas, e a gente vê até uma ansiedade até pela parte delas – Minas Gerais, por exemplo, virá com um grupo maior do que o do ano passado.
Vamos falar um pouco mais do Projeto Comprador. O que a gente pode esperar nesta edição?
AB – O Projeto Comprador até então era só um mapeamento dos grandes compradores na América Latina, em que a gente arcava com os custos de passagem e hospedagem para garantir que eles estivessem na Glass. Isso foi estendido este ano: a gente recorreu à Abravidro e aos expositores para mapear também os compradores do próprio Brasil, que estão espalhados pelo País. Aumentamos o investimento para estender esses benefícios a eles, para que venham a São Paulo e estejam aqui nos dias do evento – está sendo realmente uma construção em grupo desse novo momento da Glass e da E-squadria Show.
Além da mudança para os anos ímpares, a partir desta edição, a Glass passa a ser realizada no tradicional Distrito Anhembi, agora totalmente reformado. Quais são as vantagens da mudança para esse novo espaço?
AB – Eu acredito muito que a localização na Zona Norte de São Paulo faz mais sentido para esses mercados. Há mais indústrias e mais público-alvo nessa região. Você tem outras vantagens, como quatro vias diferentes de acesso para o Distrito Anhembi, enquanto o São Paulo Expo só tem uma. Há dois aeroportos próximos a ele, o Internacional de Guarulhos e o de Congonhas; temos uma rodoviária e uma estação de metrô mais próximas. Você tem o maior hotel em números de quartos da América Latina dentro do próprio Distrito Anhembi: é só descer para o térreo e passar para a parte de exposição. E no entorno, há mais de cinquenta outros hotéis num raio de três ou quatro quilômetros. O Distrito Anhembi tem 6 mil vagas de carro, tem mais opções de alimentação, incluindo um restaurante com capacidade para setecentos lugares, um boulevard aberto com outras opções e os food trucks também.
Qual é o seu recado final para o nosso público?
AB – Primeiro, eu quero agradecer aos nossos expositores pelo voto de confiança, por comprarem essa briga com a gente: acreditem, vai valer muito a pena. E para o visitante que vem ao Distrito Anhembi, friso: você não vai se arrepender! Há uma gama muito importante de expositores, você vai poder fazer muito negócio, muito networking. E teremos ainda muito conteúdo que você não vai querer perder. É o momento de se atualizar, de ver o que vai acontecer, começar seus planejamentos para o próximo ano, 2026. Então, entre em nosso site, credencie-se e dedique pelo menos um dia à Glass, pois isso vai fazer diferença no seu dia a dia.
Fotos: Pedro Amorim
