A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da Indústria em 2025. No início do ano, a estimativa era de alta de 1,9%; agora, a projeção é de incremento de 1,6% com relação a 2024.
De acordo com o Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado no dia 17 de outubro, o segmento foi impactado pela drástica redução do desempenho da indústria de transformação, cuja projeção de alta caiu de 1,9%, no início do ano, para 0,7%. A estimativa de crescimento para a indústria da construção também foi revista para baixo, de 2,2% para 1,9%. Por outro lado, a indústria extrativa vai bem: a expectativa saltou de 2% para 6,2%.
Além da alta da taxa básica de juros (Selic), considerada o principal entrave para o mau desempenho da indústria de transformação e construção, outros fatores contribuem para a desaceleração observada. “A demanda por bens industriais na economia brasileira vem diminuindo. Além disso, nós tivemos um aumento expressivo das importações. Ou seja, o mercado brasileiro não cresce e, cada vez mais, as importações dominam, inibindo a capacidade de crescimento da produção nacional. O fator mais recente são as tarifas adicionais dos Estados Unidos, principal parceiro comercial da indústria de transformação. Em agosto e setembro, as exportações desse segmento para os EUA caíram 21,4% na comparação com os mesmos meses do ano passado”, aponta o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.
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