Vidroplano
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Reflexões para entender o Brasil

16/12/2019 - 17h53

Quem é?
William Waack é jornalista, vencedor por duas vezes do Prêmio Esso; ex-correspondente internacional de O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, Veja e TV Globo, e futuro âncora da CNN Brasil.

 

A aprovação da reforma da previdência mostra que, mesmo à beira de um abismo, é possível surgirem mudanças. Isso depende da pressão da sociedade como um todo

 

Tópicos abordados
Subjetividade: a política não é um quadro fechado, nítido, mas sim algo fluido, que se altera. Política sempre envolve emoção, percepções, subjetividade.

Baixa governabilidade: as posturas que fizeram o atual presidente vencer as eleições são as mesmas que o impedem de governar. Jair Bolsonaro foi eleito como alguém que mudaria um sistema, segundo o imaginário coletivo, especializado em sufocar as demandas de pessoas e empresas. Porém, seu tom não conciliador vai contra as características das quais o líder da nação necessita para aprovar reformas complexas.

Lava Jato: ao mesmo tempo que criou uma sensação de combate firme à corrupção, a Operação Lava Jato ajudou a moldar a ideia de que uma instância não eleita pelo povo deveria controlar a política. Não se pode criminalizar o ato de “fazer política”, pois a transformação do País passa justamente pelos agentes políticos.

Economia: a questão fiscal é o pano de fundo do cenário político. Não haverá redução de impostos com o nível atual de gastos públicos. Por isso, a importancia do anúncio de um pacote de medidas para o enxugamento do Estado brasileiro.

Este texto foi originalmente publicado na edição 564 (dezembro de 2019) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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