Vidroplano
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Ventos cada vez melhores

22/11/2018 - 09h50

A 25ª edição da maior feira vidreira do mundo, nos dias 23 a 26 de outubro, foi marcada por superlativos. Os vários pavilhões dedicados à mostra, realizada a cada dois anos na cidade alemã de Düsseldorf, reuniram o maior número de empresas expositoras de sua história: 1.280 marcas, de 50 países diferentes, segundo a organizadora Messe Düsseldorf. O número de visitantes também foi expressivo (mais de 42 mil pessoas). Mas uma marca em especial merece ser destacada: ao todo, 233 brasileiros participaram este ano, assinalando assim crescimento de quase 50% em relação a 2016.

Feira global
Mais de 70% dos visitantes eram de fora da Alemanha, confirmando o poder mundial da Glasstec. “A feira permanece como a principal plataforma internacional para a indústria vidreira”, justifica Wolfram Diener, diretor de Operações da Messe Düsseldorf. “O mercado trabalha em sintonia com esse ciclo de dois anos. Nenhuma outra mostra apresenta uma gama tão grande de soluções inovadoras, produtos e aplicações.”

A Associação Italiana de Fornecedores de Máquinas, Acessórios e Produtos Especiais para o Processamento de Vidro (Gimav), que contou com 54 empresas associadas no evento, também opinou sobre sua importância. “Estamos bastante orgulhosos do sucesso obtido, pois a reação por parte dos visitantes foi extremamente positiva”, relata Laura Biason, sua diretora. “Os pavilhões 13 e 16, quase totalmente tomados por nossa representação, registraram grande movimentação nos quatro dias.” Durante a Glasstec, foi realizada ainda uma apresentação sobre a edição 2019 da feira italiana Vitrum, representada na Alemanha por seu presidente Dino Zandonella Necca.

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Um dos espaços mais importantes da feira, a Glass Technology Live apresentou produtos, protótipos e estudos que podem se tornar o padrão da indústria vidreira em um futuro breve. Confira detalhes sobre algumas das mais impressionantes soluções tecnológicas clicando aqui

 

Presença verde-amarela
Iara Bentes, superintendente da Abravidro, editora de O Vidroplano e nossa correspondente em solo alemão, teve a chance de conferir essa movimentação ao vivo. “É importante a presença de profissionais brasileiros, pois todas as novas tecnologias vidreiras passam primeiro por lá. Não se pode perder a chance também de estar em contato com as grandes marcas internacionais e, eventualmente, fazer bons negócios”, analisa Iara. E, por falar em negócios, apesar do clima frio durante a semana de realização da feira, os estandes estavam quentes — inclusive, duas companhias brasileiras expuseram seus produtos para um público qualificado de todo o planeta: Sglass e Systemglass.

A Glass South America, maior feira vidreira da América Latina, realizada em São Paulo, também foi representada na Glasstec. “Tivemos a oportunidade de conversar com expositores, estreitar relacionamentos com clientes e acompanhar ideias inovadoras para replicá-las em nosso evento, como espaços para startups e demonstração de equipamentos”, comenta Alexandre Brown, responsável pelo núcleo de Construção Civil da NürnbergMesse Brasil, a organizadora da mostra brasileira.

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A mostra Glass Art reúne peças feitas com nosso material por artistas renomados mundialmente. As técnicas utilizadas são diversas, incluindo fusing e sopro. Alguns dos destaques expostos por lá você pode conferir na matéria especial sobre arte com vidro, clicando aqui

 

Networking
Mesmo à noite, o vidro era o assunto em Düsseldorf. Na quinta-feira, dia 25, dois encontros tradicionais foram realizados: os jantares oferecidos pela Cebrace e Guardian a convidados do mundo todo, incluindo profissionais brasileiros. Outras empresas também organizaram encontros após o horário da mostra, como a Lisec, que reuniu clientes em um happy hour.

Não foi à Alemanha este ano? Então, anote na agenda: a próxima edição da Glasstec será em 2020, de 20 a 23 de outubro.

Como foi participar da Glasstec 2018?
Depoimentos de brasileiros que estiveram em Düsseldorf.

“Gosto de visitar a feira, pois vemos realmente todas as novidades importantes do setor, além, claro, do contato com os fabricantes e profissionais envolvidos no mundo do vidro. E mesmo se não comprarmos máquinas toda vez que vamos para lá, ainda assim temos a chance de ver processos e melhorias que podem ser implementados em nossas fábricas.”
Lino Rohden, diretor da Rohden Vidros (SC)

“Grandes fabricantes apresentaram produtos mostrando que automação e controle são o norte do mercado e que conexão, hoje, é tudo. Outros destaques vistos são as linhas de vidros especiais com benefícios de conforto térmico e luminosidade, um mercado crescente no mundo e principalmente no Brasil. Cito também máquinas mais independentes e precisas para laminados, garantindo redução de quebras e desperdícios, assim como PVBs de alto desempenho.”
Lucas Bremm, diretor-comercial da MaryArt (PR)

“Participar de feiras é de suma importância para ficarmos atualizados com tudo que se refere ao nosso segmento, principalmente pesquisas e processos. E é ainda mais importante se temos a oportunidade de viajar para outros países e trocar ideias com profissionais do mundo todo.”
Maurício Ribeiro, diretor da Viminas (ES)

“Visitar a feira deveria ser obrigação para os empresários brasileiros. Além da integração com fabricantes de máquinas e insumos, é lá que vemos o horizonte à frente, as tendências e soluções para nosso mercado. Exemplo disso é a Indústria 4.0: muito se viu sobre o assunto e não tenho dúvidas de que será o futuro da indústria de transformação vidreira.”
Sandro Henrique Rensi, diretor da Steinglass (PR)

Este texto foi originalmente publicado na edição 551 (novembro de 2018) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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