A reportagem de capa da edição de junho de O Vidroplano abordou o bom desempenho dos laminados e insulados, tanto no faturamento como na quantidade vendida, segundo o Panorama Abravidro 2025. A grande pergunta para o setor vidreiro é: como aumentar ainda mais o uso de vidros de valor agregado na construção e em outros segmentos consumidores de nosso material.
No setor automotivo, por exemplo, com o visível aumento da área envidraçada nos automóveis nos últimos anos (como visto em reportagem de O Vidroplano de abril), aumenta a preocupação com o bem-estar do usuário – especialmente em relação ao conforto térmico. Por isso, montadoras passam a apostar em soluções tecnológicas para resolver a questão.
O SU7, modelo elétrico lançado em 2024 pela fabricante chinesa Xiaomi, tem teto solar e para-brisa dianteiro com vidro com revestimento multicamadas de prata, o que garante um isolamento de 97,6% a 99,9% contra raios ultravioleta e infravermelho – e todas as janelas laterais também contam com revestimento especial para proteção solar. Testes mostraram que a temperatura interna do carro, após exposição ao Sol por uma hora e meia, era incríveis 12°C menor do que a do Tesla Model 3, automóvel de porte semelhante.
O modelo YU7, lançado este ano, mostra uma evolução ainda maior: sua versão Max vem de fábrica com um teto solar inteligente feito de vidros eletrocrômicos, que são escurecidos por eletricidade dependendo da quantidade de luz natural, evitando não só o calor, mas também o ofuscamento.
É a tecnologia vidreira cada vez mais presente em nossas vidas – mesmo se estivermos em ruas ou estradas.
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