A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou de 2,3% para 1,3% a projeção de crescimento do setor em 2025. A apresentação dos dados foi divulgada ontem (27). Segundo a CBIC, essa retificação na projeção de crescimento reflete os efeitos do ciclo prolongado de juros altos, que tem limitado o ritmo das atividades da construção no País: o Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção recuou 0,6% no primeiro trimestre e 0,2% no segundo, na comparação com os períodos imediatamente anteriores.
A produção de insumos típicos da construção ficou praticamente estável entre janeiro e agosto, enquanto o varejo de materiais registrou leve alta de 0,7%. Na avaliação semestral, o PIB da construção cresceu 1,8% nos primeiros seis meses deste ano, na comparação com igual período do ano anterior, e o setor opera 23% acima do nível registrado antes da pandemia, no final de 2019. De janeiro a agosto, o setor gerou 194,5 mil novos empregos formais, o que representa uma queda de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024; a construção de edifícios liderou as contratações, com a abertura de 74,9 mil novas vagas.
Em relação às perspectivas para 2026, a CBIC projeta uma continuidade de crescimento do setor da construção, apontando a expectativa de que R$ 37 bilhões sejam injetados no crédito habitacional já no próximo ano, trazendo alívio para o segmento. “Temos uma perspectiva positiva para 2026, porque tivemos no ano passado um recorde de lançamentos, que estão começando a virar obras neste ano e seguirão assim em 2026 e 2027. Somos um setor cíclico, temos obras que iniciam e que terminam, mas o nosso patamar de atividade continua elevado”, pontuou Ieda Vasconcelos, economista-chefe da CBIC.
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