Vidroplano
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Tomando decisões baseadas em dados

18/08/2016 - 10h17

Escrito por Alexandre Aquino

A ciência é, de longe, o único método confiável de tomada de decisões. Não é preciso ir longe para se chegar a essa conclusão. Basta lembrar a última vez em que você precisou ser medicado. A quem você recorreu? Aos médicos, que são cientistas. Esses profissionais trabalham com elevadas taxas de acerto, pois atuam em cima de informações catalogadas. Em suas abordagens, conseguem prover resultados com confiabilidade.

Apesar de sabermos disso, não costumamos transportar esse conceito para outras esferas da nossa vida e nem para o nosso ambiente profissional. Nas organizações, tal prática muitas vezes é vista em poucas áreas. Uma delas é setor de controle de qualidade da produção. Tal trabalho é — ou deveria ser — baseado inteiramente em dados que norteiam o planejamento, acompanhamento e correção.

Hoje, ao avaliar as empresas em que presto serviço, vejo que ainda estamos longe de compreender de forma adequada os benefícios da tomada de decisões com base em estatísticas. As pessoas até entendem que isso é importante, mas deixam esses métodos restritos aos espaços em que há alguma ferramenta gerencial previamente organizada para esse fim. Falta a compreensão de que tal prática deve ser adotada em todos os setores da empresa.

Um exemplo do que estou falando
Quando participo de uma reunião, preparo uma planilha que serve para orientar todo o processo. Nela, descrevo os itens da pauta em uma coluna. Nas linhas seguintes, coloco os encaminhamentos e demais observações. Ao longo da reunião, costumo planilhar também:

  • O nome da pessoa que ficará responsável por cada questão
  • A data para a conclusão da tarefa
  • A gravidade dos assuntos
  • As ações a serem implementadas
  • O apontamento da solução (se o problema foi resolvido ou não)

Sei que pode parecer pouco, mas essa é apenas uma das ferramentas que utilizo para racionalizar, documentar e encaminhar soluções de problemas em situações muito corriqueiras que, se deixadas a cargo das pessoas, viram um festival de bate-papo e de falta de objetividade (como é o caso de boa parte das reuniões).

Diante disso, proponho-lhe um exercício: registre o andamento de tudo que está sob sua responsabilidade ou de sua equipe e use os dados coletados para fazer o acompanhamento dessas tarefas. No fim, você verá como perdemos tempo e energia com questões que podem ser resolvidas de maneira muito mais objetiva e precisa.

Fale com eles!
Alexandre Aquino é consultor empresarial e professor universitário. É formado em Administração, especialista em Marketing e mestre em Gestão. www.idmconsultoria.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 524 (agosto de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui



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