Vidroplano
Vidroplano

Um novo nome para um velho conhecido

20/06/2017 - 12h45

No começo de maio, a Saint-Gobain Glass anunciou uma mudança na forma de chamar seus produtos: a empresa não se refere mais a eles como vidros impressos, mas sim como vidros texturizados.

Mas por que essa mudança foi feita? De que forma isso interfere no mercado? E, afinal, por qual nome o consumidor deve chamar esse vidro? O Vidroplano conversou com representantes das duas principais fabricantes de vidros impressos no País para esclarecer essas e outras dúvidas para o setor.

Um produto, três denominações
Essa não é a primeira vez que esse vidro ganha nome diferente. Décadas atrás, principalmente nos anos 1980 e 1990, ele era chamado de “vidro fantasia”, por conta do aspecto visual que seus relevos traziam às peças. Inclusive, ainda hoje é possível encontrar vidraçarias e profissionais que usam o termo. Com o tempo, “vidro impresso” passou a ser usado como o padrão da indústria, refletindo o processo de impressão da textura feito na massa do vidro.

vp_vidroimpresso1APor que a mudança?
O coordenador de Marketing da Saint-Gobain Glass, Gabriel Zanatta, explica os motivos que levaram a empresa a escolher a nova terminologia: “Mesmo antes de adotarmos essa nomenclatura em alguns testes junto aos clientes e especificadores, já havíamos reparado na sua fácil compreensão, pois esse nome se liga à principal característica desses vidros, a textura”. Ainda segundo Zanatta, os clientes frequentemente associavam o termo “impresso” a um float com um adesivo (feito em impressora) colado, o que dificultava na hora de realizar negócios.

O termo “vidro texturizado” substituirá “vidro impresso” no Brasil?
Não no caso da União Brasileira de Vidros (UBV): “Impressão é o nome do processo de fabricação do nosso produto, então não vemos necessidade de adotar um novo termo para se referir ao mesmo processo de produção”, aponta Diego Mota, gestor de Marketing da usina vidreira. “São justamente os relevos impressos sobre uma das faces do vidro que caracterizam os produtos fabricados há sessenta anos pela UBV.”

vp_vidroimpresso2Vale lembrar que o termo “vidro impresso” é utilizado em materiais técnicos no País, como o Manual técnico do vidro plano para edificações, lançado recentemente pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), e a norma específica sobre esse produto, a NBR NM 297 — Vidro impresso, publicada pela ABNT. O nome aparece ainda em partes da NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, o mais importante texto normativo do setor vidreiro.

Como fica agora?
Considerando as normas e demais textos técnicos no Brasil, a nomenclatura oficial permanece sendo “vidro impresso”. Apesar disso, assim como muitas empresas ainda usam o termo “vidro fantasia”, nada impede que processadores, vidraceiros e especificadores acabem adotando o nome criado pela Saint-Gobain Glass. “Com essa nomenclatura mais moderna, inicia-se uma nova era na indústria, com um melhor entendimento do conceito do vidro texturizado, ao mesmo tempo que ele passa a ser mais acessível aos especificadores e consumidores nas mais diferentes soluções de mercado”, opina Zanatta. E você, gostou do nome “vidro texturizado”? Vai adotar?

Fale com eles!
Saint-Gobain Glass — br.saint-gobain-glass.com
UBV — www.vidrosubv.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 534 (junho de 2017) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.



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